Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Bezzon, Rodolfo Zampieri |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48136/tde-28062021-201323/
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Resumo: |
O debate a respeito da importância de diferentes espaços educativos para a formação do sujeito ao longo da vida é de longa data. É possível perceber que em muitos momentos a história da educação formal esteve atrelada à da educação não formal, e vice-versa, e há também estudos que apontam que os espaços e atividades extraescolares podem enriquecer o processo de ensino- aprendizagem. Tendo isso em vista, este trabalho objetivou compreender como os professores de ciências da rede estadual, atuantes na Região Metropolitana de São Paulo, percebem suas relações com os espaços extraescolares, bem como os utilizam em seu trabalho, empregando como referencial teórico-metodológico o materialismo histórico-dialético e um ferramental rigidamente estruturado para a coleta e análise dos dados (questionário online e testes estatísticos). Nossa amostra constituiu-se de 243 participantes, em sua maioria mulheres entre 35 e 45 anos, formadas em instituições privadas e com pós-graduação em Educação/Ensino em Ciências. A maioria dos indivíduos reconhece as potencialidades dos espaços e atividades extraescolares no ensino-aprendizagem dos alunos, mas encontram grandes dificuldades para sair da escola, já que o apoio da Secretaria da Educação é escasso, há falta de professores substitutos e a rigidez do currículo por vezes impossibilita as saídas. Contudo, os docentes sentem-se preparados para elaborar e conduzir as atividades, ou seja, ressaltam que o preparo de sua formação (tanto inicial quanto continuada) foi satisfatório. Os fatores que mais influenciam as saídas da escola são a idade, o tempo de trabalho, o preparo dado pela formação inicial e a falta de verba/custeio por parte da Secretaria, que são condizentes com o referencial materialista histórico-dialético adotado pela pesquisa, isto é, as condições materiais mais importantes (capital, apropriação de saberes do gênero humano e as condições biológicas do indivíduo) são as que mais determinam o trabalho docente. Por fim, também constatamos que os equipamentos culturais científicos mais estruturados continuam permanecendo fora do alcance da escola pública e, consequentemente, constituem-se em fator de exclusão e manutenção da desigualdade social sistêmica, em suas múltiplas dimensões, como classe, raça/etnia e gênero. |