Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2000 |
Autor(a) principal: |
Latif, Zeina Abdel |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde-22082023-112805/
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Resumo: |
Os regimes de política econômica do Chile, Argentina e Brasil contribuem para explicar os diferentes impactos das crises mexicana em dezembro de 1994, asiática em outubro de 1997 e russa em agosto de 1998 nos países. A definição de regime de política econômica envolve a definição dos regimes cambial, monetário e fiscal e a consistência entre eles. Havendo consistência interna, o regime é estável e, portanto, menos vulnerável a ataques especulativos e pressões cambiais. A Argentina tem um regime muito rígido, impondo a perda dos instrumentos de política econômica. Inconsistências na política econômica causaram o grande impacto da crise mexicana no país, que amargou uma queda de 2,9% no PIB em 1995. Mas graças ao superávit comercial com o seu principal parceiro, o Brasil, o país conseguiu sair ileso das crises posteriores, apesar de manter um regime relativamente instável. O Chile tinha um regime mais flexível, demandando menor disciplina da política econômica, e também estável, mas não conseguiu evitar o impacto da crise asiática, em função da pauta de exportações muito concentrada no cobre, cujo preço caiu significativamente nos últimos anos. Já o Brasil tinha um regime numa posição intermediária em temos de grau de flexibilidade, mas era nitidamente instável. Na crise mexicana, o plano de estabilização era muito recente, poupando o país de um maior impacto. Na crise asiática, o país foi atingido, mas menos do que o Chile, por não haver o canal comercial de contágio como no caso chileno. Mas na crise russa, a deterioração dos fundamentos já era significativa, não havendo dúvidas quanto à instabilidade do regime. O impacto da crise foi expressivo e levou o país a abrir mão de seu regime cambial. Posteriormente, o Chile optou por deixar o câmbio flutuar, mas sem desencadear uma crise cambial, refletindo a estabilidade de seu regime de política econômica. A grande ameaça de desvalorização é da Argentina diante da dificuldade de manter um regime quando o país depende tanto do desempenho do Brasil, que desvalorizou. |