A pressão barométrica e sua relação com o comportamento predatório e a produção de feromônio em insetos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Azevedo, Kamila Emmanuella Xavier de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-10052024-143539/
Resumo: Os insetos constituem um grupo de organismos que possuem uma grande diversidade e suas adaptações as condições adversas podem estar relacionadas à sua capacidade de perceber mudanças no ambiente, até mesmo as de caráter sutil. Mudanças na pressão barométrica podem ser um importante indicador para os insetos quanto às condições ambientais, devido à sua influência em outros fatores, como temperatura, vento, luminosidade e precipitação. A pressão barométrica diminui previsivelmente antes de condições meteorológicas adversas, e muitos estudos evidenciaram que os animais alteram o comportamento com base nessas mudanças. Chuvas e ventos fortes podem inibir o forrageamento e a comunicação química em insetos, limitando a ingestão de energia, a busca por hospedeiros e o acasalamento. Dada a influência da pressão no comportamento dos insetos, foram avaliados diferentes regimes de pressão barométrica (alta, média e baixa) na atividade de forrageamento de Doru luteipes (Scudder) (Dermaptera: Forficulidae), Eriopis connexa (Germar) (Coleoptera: Coccinellidae), e Chrysoperla externa (Hagen) (Neuroptera: Chrysopidae). Adicionalmente, investigou-se o forrageamento de D. luteipes e E. connexa em diferentes estágios de vida para as variações nos regimes de pressão. O efeito da condição da pressão barométrica na síntese e emissão de feromônios em Euschistus heros (Fabricius) (Hemiptera: Pentatomidae), Helicoverpa armigera (Hünber) (Lepidoptera: Noctuidae) e Anthonomus grandis (Boheman) (Coleoptera: Curculionidae) também foi avaliado. Os resultados demonstraram que o comportamento de forrageamento de D. luteipes, E. connexa e C. externa foram afetados pela pressão barométrica. Além disso, verificou-se que insetos hemimetábolos (D. luteipes) e holometábolos (E. connexa) em diferentes estágios da vida respondem de modo distinto à variação da pressão barométrica. Ademais, foi demonstrado que a emissão de feromônio de A. grandis, E. heros e H. armigera é influenciada pela condição da pressão. Essas mudanças refletiram em alterações na síntese do feromônio sexual de H. armigera. E do feromônio de agregação de A. grandis. Os resultados destacam a influência da pressão barométrica em atividades-chave em diferentes táxons de insetos.