O desenvolvimento de processos de investigação científica para o 1º ano do ensino fundamental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Moraes, Tatiana Schneider Vieira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-15062015-142924/
Resumo: O presente trabalho foi realizado com a premissa de que, desde os primeiros anos de escolarização, os alunos precisam ser envolvidos em processos de investigação científica. Com a inserção de crianças de 6 anos no Ensino Fundamental (EF), surgiu uma série de indagações relacionadas ao Ensino de Ciências (EC), dentre as quais emerge a questão central desta pesquisa: É possível verificar o engajamento das crianças de 6 anos em processos de investigação científica?. Com enfoque essencialmente qualitativo e perspectiva de estudo de caso, estruturou-se uma Sequência de Ensino Investigativa (SEI) para os alunos dessa faixa etária, pertencentes a uma escola de Ribeirão Preto, São Paulo. As atividades que compõem a SEI foram divididas em três momentos: pré-investigação, investigação e pós-investigação. Com foco no processo de aprendizagem e significação de conceitos, a sequência teve o intuito de verificar algumas habilidades associadas ao fazer científico. Para tanto, foram analisadas as discussões orais, a partir da gravação de aulas e transcrição das falas, bem como as representações gráficas dos alunos, compondo, portanto, três fontes de dados: vídeos, falas e desenhos. Esses dados foram examinados com base em categorias relacionadas ao processo de investigação científica e ao conhecimento do ser vivo estudado. Por meio da observação de um ciclo de vida completo, os alunos vivenciaram oportunidades reais para levantar hipóteses, testar suas ideias, manusear materiais, coletar dados, manipular tabelas e gráficos, registrar informações, assim como articular, avaliar e revisar seus modelos de crescimento e desenvolvimento dos seres vivos. Os desenhos produzidos pelos alunos foram capazes de comunicar as atividades realizadas, tanto no que diz respeito ao ser vivo estudado como em relação aos materiais utilizados no processo de investigação. As habilidades empregadas pelos alunos, em suas comunicações orais ou representações gráficas, são ferramentas necessárias para o envolvimento com a cultura científica. Assim, acredita-se que as discussões científicas, no contexto da sala de aula, possuem implicação direta com o EC e devem ser fomentadas desde os primeiros anos do EF, visando à construção de novos conceitos e ferramentas científicas e ao envolvimento crescente dos alunos em processos de Alfabetização Científica (AC).