Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Batalha, Edenise Maria Santos da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7140/tde-13012022-145225/
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Resumo: |
Introdução: A Cultura de Segurança do Paciente (CSP) está atrelada, fortemente, à saúde dos trabalhadores, tornando crucial a compreensão de como se dá essa relação para melhoria da qualidade da assistência e promoção da saúde dos profissionais. Nesse enlace, a Qualidade de Vida Profissional (QVP) - modelo que engloba a Satisfação por Compaixão (SC) e a Fadiga por Compaixão (FC), que por sua vez divide-se em Burnout e Estresse Traumático Secundário (ETS) precisam ser analisados e discutidos frente aos seus impactos na saúde do trabalhador e na segurança dos pacientes. Objetivo: Analisar a relação entre a CSP e a QVP de trabalhadores de enfermagem. Método: Estudo quantitativo não experimental, descritivo e exploratório, correlacional e de corte transversal realizado em um hospital público de Salvador-Bahia com 180 trabalhadores de enfermagem. Os dados foram coletados, de janeiro a março de 2020, por meio dos questionários Hospital Survey on Patient Safety Culture e Professional Quality of Life Scale, ambos traduzidos e validados para contexto brasileiro. Os dados foram analisados por meio de estatísticas descritivas, testes de associação e de correlação. Resultados: Quanto aos participantes, 87,8% eram do sexo feminino, 38,3% tinham de 39 a 48 anos, 52,8% eram técnicos de enfermagem, 26,1% possuíam de 10 a 14 anos de experiência profissional, 50,0% estavam de 6 meses a 4 anos na instituição, 60,1% eram terceirizados e 49,4% possuíam dois vínculos empregatícios. Em relação a CSP, nenhuma dimensão alcançou 75% ou mais de respostas positivas, as dimensões Expectativas e ações de promoção de segurança dos supervisores/gerentes e Aprendizado organizacional e melhoria contínua apresentaram as melhores percepções, com 52,5% e 50,6% de respostas positivas, respectivamente, enquanto as dimensões mais frágeis foram Respostas não punitivas aos erros com 19,9% e Adequação de profissionais com 27,1%. As dimensões de CSP apresentaram correlações positivas significativas entre si e estiveram associadas ao sexo, categoria profissional, tipo e número vínculo trabalhista, turno e local de trabalho, idade, experiência profissional e no serviço. No que tange a QVP, a SC apresentou média (Me) de 3,99 e mediana (Md) de 4,00, o Burnout Me = 2,99 e Md = 3,00 e o ETS Me = 2,01 e Md = 1,90. A SC apresentou correlação negativa significativa com o Burnout e com o ETS e o Burnout e o ETS apresentaram correlação positiva significativa entre si. O tipo de vínculo esteve associado ao Burnout, o turno de trabalho ao ETS e o local de trabalho à SC, Burnout e ETS. A CSP não apresentou correlação significativa com a SC. Referente à relação do Burnout e ETS com a CSP, as correlações significativas negativas ocorreram entre o trabalho em equipe dentro das unidades e Burnout com coeficiente de correlação (r) = -0,353 e ETS r = -0,207; entre a percepção geral da segurança do paciente e Burnout r = -0,306 e ETS r = -0,188; entre a adequação de profissionais e Burnout r = -0,250 e ETS r = -0,193; entre a passagem de plantão ou de turno/transferências e Burnout r = -0,148; entre o trabalho em equipe entre as unidades e Burnout r = -0,322 e ETS r = -0,147; entre a nota de segurança e Burnout r = -0,19, entre a segurança do paciente total e Burnout r = -0,287; e a correlação positiva ocorreu entre o retorno da informação e comunicação sobre erro e o ETS r = 0,16. Conclusão: Ao analisar a relação da CSP com a QVP, conclui-se que a implementação de políticas de CSP deve ser realizada de forma conjugada às políticas para saúde dos trabalhadores, especialmente por meio de intervenções que abarquem aspectos gerais da segurança do paciente, trabalho em equipe e Burnout. |