Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Mayra Caleffi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5150/tde-22062021-092115/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Pacientes com paralisia diafragmática unilateral (PDU) apresentam sintomas frequentes de dispneia e limitação aos esforços. Porém, são escassos os estudos que avaliaram mais especificamente as repercussões clínicas e funcionais da PDU. O objetivo deste estudo foi caracterizar a função muscular respiratória nesses pacientes e suas repercussões clínicas sobre a qualidade de vida, sintomas de dispneia ao repouso e ao esforço, além de desempenho durante o exercício. METODOLOGIA: Foi realizado um estudo transversal envolvendo 35 pacientes com PDU (CVF < 80% prev.), os quais foram submetidos às seguintes avaliações: 1) Clínica; 2) Função pulmonar; 3) Mobilidade e espessura do diafragma através do ultrassom (US); 4) Qualidade de vida; 5) Distribuição de ventilação pulmonar através de tomografia por impedância elétrica (TIE); 6) Pressões respiratórias volitivas (PImáx, PEmáx, SNIP, pressões esofágica (Pes), gástrica (Pga) e transdiafragmática (Pdi) máximas; 7) Pressões respiratórias não volitivas (Pes, Pga e Pdi durante estímulo magnético do nervo frênico - Twitch) e 8) Desempenho ao exercício através de teste de esforço cardiopulmonar. Vinte indivíduos saudáveis (CVF > 80% prev.; VEF1 > 80% prev.), foram incluídos como grupo controle (GC). RESULTADOS: Os pacientes com PDU apresentaram padrão restritivo importante, com sintomas de dispneia e piora na qualidade de vida. Houve redução da mobilidade e espessura do hemidiafragma paralisado em relação ao contralateral. A porcentagem de ventilação pulmonar do lado correspondente à paralisia foi significativamente menor e mostra que há assincronia entre a expansão dos hemitórax durante a inspiração. A força inspiratória global e Pdi foram significativamente diminuídas comparadas ao GC, principalmente às custas de uma baixa geração de pressão gástrica. O achado mais interessante está relacionado ao fato de não somente o hemidiafragma paralisado apresentar diminuição na geração de força, mas também o hemidiafragma não paralisado, o que contribui para uma força inspiratória global diminuída. O grupo PDU obteve menor desempenho ao esforço comparado ao grupo controle, com redução da força diafragmática e maior recrutamento dos músculos inspiratórios acessórios. Por fim, o grau de dispneia ao esforço foi mais acentuado nos pacientes com PDU. CONCLUSÃO: Os pacientes com PDU apresentam fraqueza diafragmática importante que repercute clinicamente com diminuição da qualidade de vida, do desempenho durante o exercício e aumento da dispneia. O recrutamento excessivo dos músculos inspiratórios não diafragmáticos, com geração de volume corrente menor, maior frequência respiratória e dispneia durante o esforço ilustram uma condição de dissociação neuromecânica. |