Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Cristiane |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5162/tde-13102008-154437/
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Resumo: |
Pacientes que sobrevivem a um acidente vascular encefálico (AVE) podem permanecer limitados no plano físico, na comunicação, no humor e no comportamento, levando à dependência de outros para a realização das atividades diárias e por vezes ao isolamento social. Há poucos estudos que avaliam qualidade de vida diretamente a partir das informações de pacientes que sofreram AVE e que permaneceram com dificuldades de linguagem e/ou cognição. Estes acabam sendo excluídos da avaliação e muitos questionários dirigem-se aos cuidadores e familiares. Portanto, este trabalho teve como objetivos: traduzir e adaptar para a língua portuguesa a escala de qualidade de vida específica para afásicos - SAQOL-39 (The Stroke and Aphasia Quality of Life Scale -39-item version - 2003); avaliar a aplicabilidade da escala para pacientes afásicos e seu potencial para identificar diferenças decorrentes da afasia na qualidade de vida. Foram utilizados os processos de tradução e retro-tradução do instrumento SAQOL- 39. Dois grupos foram formados. Para o Grupo de Afásicos (GA) foram selecionados 37 pacientes falantes da língua portuguesa, quadro de afasia decorrente de AVE, tempo de lesão mínimo seis meses; diagnóstico médico de AVE ausência de história psiquiátrica prévia, ausência de depressão, Token Test e Teste de Boston Reduzido. Para o Grupo Controle foram selecionados 30 indivíduos falantes da língua portuguesa, saudáveis, voluntários, gênero, idade e escolaridade similar a do grupo controle, ausência de depressão, ausência de história psiquiátrica, ausência de alterações do SNC, ausência de desordens crônicas severas e independência para as atividades da vida diária. As entrevistas para a coleta dos dados foram realizadas somente pela pesquisadora adaptar o instrumento e medir a sensibilidade dos pacientes portadores de afasia em relação aos quesitos do protocolo. A aplicação do protocolo era realizada individualmente, com cada participante sem presença de cuidador. Resultados: Dos 67 participantes, sete pacientes pertencentes ao Grupo de Afásicos foram excluídos por apresentarem índices maiores do que 5 na escala de depressão Yesavage. Os resultados mostraram menor desempenho para os pacientes do Grupo de Afásicos de faixas etárias mais avançadas para a Nota Geral e Média do SAQOL-39 com p=0,0007 para sujeitos de 36 a 60 anos e p=0,0004 para os maiores de 60 anos. Os pacientes com Afasia Mista apresentaram resultados com significância estatística para o domínio Comunicação com p=0,033. Na avaliação geral de QV com o GA, observou-se desempenho inferior em todos os domínios do SAQOL-39 quando comparados com o GC. Esse estudo confirma que o SAQOL-39 é acessível aos pacientes com quadro de afasia e abrange as dificuldades de compreensão e expressão da linguagem. Os comprometimentos apontados pelos próprios indivíduos afásicos sumarizam o grande impacto que as seqüelas deixadas pelo quadro de AVE trazem para a qualidade de vida de cada um deles. |