Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Palma, Laura Pinca da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-05082015-150458/
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Resumo: |
A presente tese versa a respeito das correspondências existentes entre a obra de dois dos mais importantes pintores flamengos, Hieronymus Bosch e Petrus Bruegel. A influência que Bosch (145?-1516) exerceu em Bruegel (15??-1569) é conhecida e mencionada, ainda que em termos gerais, por quase todos seus estudiosos. Este trabalho procura precisar alguns de seus aspectos. A influência de Bosch na obra de Bruegel apresenta-se não como algo fortuito ou resultante de meros traços de estilo, mas materializado em uma linguagem simbólica comum construída por suas figuras. Bruegel se apropria da linguagem pictórica de Bosch, desenvolve-a e com ela desenha várias de suas obras. É com essa mesma linguagem que Bruegel dá expressão a seu anticlericalismo. Em épocas de perseguição à heresia, o símbolo pictórico constitui um conveniente esconderijo para o ataque à Igreja e parece ter sido refúgio comum dos dois pintores. Existe entretanto uma obra de Bruegel em que a influência de Bosch parece estar ausente, trata-se de seu Procissão ao Calvário (Viena, 1564). Todavia, como se procurará apontar, há grande influência do famoso tríptico de Bosch Carro de Feno (1490, Escorial) nessa obra. Bruegel fez em seu Procissão ao Calvário uma espécie de releitura da pintura de Bosch, apesar de acrescentar novos significados. Desvendando um pouco da linguagem bruegueliana encontramos na Procissão ao Calvário uma alusão precisa e ampla ao Carro de Feno de Bosch. A obra de Bruegel parece comportar uma paráfrase velada do quadro de seu antecessor, além dar expressão às mesmas críticas. A temática de ambas as obras também é comum: a queda do homem, tema muito recorrente na arte renascentista. |