O uso das ferramentas Saúde da Família na construção do cuidado em saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Silveira Filho, Antonio Dercy
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-26092022-162706/
Resumo: Trata-se de uma pesquisa qualitativa que buscou verificar em que medida o uso das Ferramentas Saúde da Família, a partir de problemas de saúde bucal, tem contribuído para a construção do cuidado em saúde, pelas equipes de Saúde da Família do município de Curitiba, abrangendo o período decorrido entre 1993 a 2004. As informações foram obtidas por meio de entrevistas com os profissionais e posteriormente analisadas segundo o método do Discurso do Sujeito Coletivo. A estratégia Saúde da Família tem como um dos seus desafios interferir no modelo de atenção. Com o intuito de reinventar suas práticas de saúde, essas equipes foram capacitadas ao uso das Ferramentas Saúde da Família, originadas no modelo de Medicina Familiar Canadense como parte das atividades da clínica, visando auxiliar a compreensão ampliada do processo saúde-doença nas famílias, e possibilitar o planejamento e a realização de ações que produzam novas abordagens de cuidado aos indivíduos-famílias assistidos. Especialmente quando o agravamento das doenças e dos aspectos sociais são iminentes, sua utilização poderia contribuir para o estabelecimento de novos planos terapêuticos usuários-centrados que definidos a partir das necessidades e interesses destes usuários, adequados às possibilidades, conhecimentos e cultura destas famílias, comprometeriam-se com a defesa da vida. Entretanto, dada à cultura profissional e institucional ainda fortemente impregnada do modelo biomédico; a formulação de ações estratégico-gerenciais como protocolos, sistema de informação, e descontinuidade nas reuniões de equipe; a pressão da demanda; e, o despreparo dos novos profissionais pela descontinuidade nos processos de educação, a consolidação dessa prática encontra-se ameaçada.