Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Marko, Leslie Evelyn Ruth |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8158/tde-19082016-143655/
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Resumo: |
Esta tese reconstitui a trajetória de Sami Feder (1906-2000), diretor de teatro judeu polonês que atuou no contexto do movimento de resistência artística e emocional sustentado por artistas, atores, diretores, autores e espectadores durante o período em que o nazifascismo dominou grande parte da Europa (1933-45). Estendemos a análise para o período imediatamente após a liberação dos campos de concentração, especialmente o de Bergen-Belsen, por ser o Campo onde Feder permaneceu dias antes e 5 anos no final da Segunda Guerra. A relevância deste estudo está em resgatar e analisar historiograficamente o percurso e a atuação de Feder, que, por meio da arte teatral, aliada à música, literatura e poesia, buscou o exercício ético do acolhimento coletivo e da cidadania. O artista desenvolveu um teatro, pouco documentado devido às circunstâncias de reclusão e proibição e, ao mesmo tempo, de denúncia, crítica e reflexão subterrâneas durante a vigência do regime nazista. Mais tarde, com o fim da guerra, institucionalizou-se este teatro, com maior registro, criando-se a Companhia Kazet Theater, no Campo de deslocados DP Camp Bergen-Belsen (1945-50), onde a reabilitação e recuperação da dignidade humana tornou-se uma urgência frente ao desenraizamento e ao trauma. Ações intervencionistas como estas se propagaram pelas cidades ocupadas, guetos e campos de concentração, enquanto reação ao processo de desumanização sustentado pelo Estado nacional-socialista e países colaboracionistas. Posteriormente, significaram também uma forma de participar da reconstrução de uma identidade, de um povo, de uma cultura. |