Uma casa para cantar: estudo etnográfico do Coro da Fábrica de Cultura do Jardim São Luís

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Cevada, Priscila Silva Queiroz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8161/tde-24082021-211406/
Resumo: Este ensaio apresenta uma reflexão sobre a prática pedagógica de uma professora/regente do Coro da Fábrica de Cultura do Jardim São Luís. Nesta experiência, construída durante sete anos em sala de aula, esta professora criou o coro e produziu espetáculos musicais com jovens moradores da periferia da cidade de São Paulo. Os relatos de campo, resultaram na etnografia produzida a partir dos encontros com os jovens. A convivência da educadora com os alunos, revelam como a experiência democrática contribui com a autoestima dos participantes. Investigar como se dá a prática do Canto Coral entre jovens participantes do programa Fábricas de Cultura, levando em conta a formação de jovens pertencentes a territórios periféricos, com altos índices de vulnerabilidade, é o fio condutor da escrita desta narração. Ele nos conduzirá para a reflexão de como iniciou este Coro, dando ênfase ao processo de experimentação pedagógica da professora e seu percurso de adaptação da pedagogia de Celestin Frenet para a consolidação de um grupo vocal, pois os estudos de Frenet buscaram desenvolver ferramentas para um aprendizado em sala de aula baseada na cooperação do grupo. Conclui-se que o fazer musical praticado no Coro da Fábricas de Cultura no Jardim São Luís pode funcionar como instrumento de formação de jovens, possibilitar o conhecimento e o autoconhecimento e, desse modo, promover inclusão social através do convívio entre os alunos dentro da dinâmica tanto do ensaio, quanto das relações que se estabelecem no entorno dele. Desse modo, a dinâmica na sala de aula proporciona um ambiente que atrai o jovem a ponto de todo seu tempo livre ser usado no espaço da Fábrica. Assim, a relação que se desenvolve é significativa na vida do aprendiz pois cria o desejo de retornar ao programa, como forma de revisitar as experiências vividas.