Resumo: |
Introdução: Na adolescência, existem muitas marcas prejudiciais ao desenvolvimento decorrentes dos processos deletérios de desgaste que os grupos populacionais mais subalternos vem sofrendo. Os escolares do ensino fundamental tornam-se, portanto, potenciais alvos para intervenções que possam prevenir ou amenizar esta realidade. As escolas são os loci privilegiados para encontrar este grupo social e, portanto, reconhecer e enfrentar as necessidades em saúde. Objetivo geral: Identificar as possibilidades das escolas no reconhecimento e enfrentamento das necessidades em saúde de sua população e a articulação com as demais instituições do território. Metodologia: estudo exploratório e descritivo, com abordagem qualitativa. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semidiretivas com roteiro previamente testado, com os trabalhadores das escolas municipais e unidades de saúde de São Paulo e tratados com o programa de análise lexical ALCESTE. Resultados: inexiste uma sistematização para o reconhecimento das necessidades de saúde do escolar, as ações de enfrentamento estão voltadas a atender emergências e encaminhamentos aos serviços de saúde. As necessidades reconhecidas e enfrentadas referem-se à adaptação dos alunos com necessidades educacionais especiais em meio a outros alunos, que ocorrem nas salas de aula, e menos em outros momentos da presença dos escolares na instituição. A relação entre escola, o setor saúde e os demais encontra-se desarticulada. Conclui-se ser imperativo monitorar as necessidades em saúde e as vulnerabilidades dos escolares que permitem verificar que existe um grande campo de atuação interdisciplinar na saúde coletiva. |
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