Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2000 |
Autor(a) principal: |
Muniz, Pascoal Torres |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-03042020-103759/
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Resumo: |
Objetivo: Avaliar a influência que a infecção por parasitas intestinais exerce sobre o crescimento pondo-estatural durante a infância na cidade de São Paulo. Método: Estudo de uma amostra probabilística de 1.278 crianças menores de cinco anos de idade, realizado por intermédio de analise transversal e longitudinal. O estudo longitudinal compõe-se de um período de seis meses de seguimento sem intervenção e seis meses de seguimento após tratamento das parasitoses intestinais. As análises foram realizadas usando-se regressão linear múltipla, tendo como variáveis dependentes altura, peso, incrementos de peso e altura nos períodos de seguimento, sendo a variável independente presença ou ausência de parasitas intestinais nas fezes, ajustada para sexo, idade e variáveis sociais significativamente relacionadas com o crescimento infantil. Resultados: O parasita mais freqüente foi Giardia duodenalís (5,8%), seguido de Ascaris lumhricoides (4,4%) e Tríchuris trichiura (1,1%). No estudo transversal, as crianças parasitadas possuíam, em média, menos 0,53 em de altura (menos 0,83 em para helmintíase e menos 0,08 em para giardíase), estas diferenças não atingiram significância estatística. Em relação ao peso, as crianças parasitadas possuíam, em média, menos 227 g de peso (p=0,209) (menos 542 g para helmintíase (p=0,031) e mais 139g para giardíase (p=0,562), quando comparadas com o grupo não-parasitado com ajuste para idade, sexo e variáveis sociais com potencial de confusão. No período de seguimento sem intervenção, as crianças parasitadas apresentaram ganhos de altura semelhante e peso (p=0,051) inferior ao das crianças não-parasitadas. No período de seguimento após intervenção, os déficits de altura e peso reduziram-se. Do primeiro para o segundo período de seguimento, com ajuste para as variáveis idênticos ao período anterior, o déficit de peso das crianças com giardíase, em relação ao grupo controle aumentou em 223 gramas (p=0,058) e de altura diminuiu em 0,7 mm (0,827); na helmintíase, observou-se recuperação de 159g (p=0,871) e 0,5 mm (p=0,801), quando comparados com o grupo não-parasitado. Conclusões: Os modestos ou inexistentes efeitos das parasitoses intestinais no crescimento infantil podem ter ocorrido em razão da provável baixa carga parasitária e da pequena magnitude do déficits de crescimento existente tanto nas crianças parasitadas quanto nas não-parasitadas. |