Implantação de serviço de cuidados paliativos no Serviço Hospitalar de Emergência de um hospital público universitário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Lourençato, Frederica Montanari
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17157/tde-23082020-145925/
Resumo: Objetivos: Descrever o processo de implantação do serviço de cuidados paliativos na U.E.- HCFMRP/USP e comparar a estratégia de intervenção de busca ativa em enfermarias com a estratégia no Serviços Hospitalar de Emergência (Sala de Urgência) Métodos: O estudo descreveu o desenvolvimento dos processos e do desenho do plano de trabalho da implantação do Serviço de Cuidados Paliativos da U.E.-HCFMRP/USP e a documentação sistematizada de dados demográficos, clínicos, das intervenções da ECP e dos desfechos para dois períodos distintos, a estratégias de busca ativa de pacientes nas enfermarias comuns e especializadas (Estratégia I) ou no Serviço Hospitalar de Emergência (Estratégia II). Resultados: A implantação do serviço de cuidados paliativos foi incorporada na prática institucional e os profissionais capacitados. Ferramentas foram construídas com processos de trabalho específicos e protocolos de atendimentos e foi realizada capacitação com os profissionais da RUE da DRS XIII. O estudo contou com 1203 pacientes, Estratégia I (587; 48,8%) e Estratégia II (616; 51,2%). Nas duas Estratégias foram prevalentes pacientes do sexo masculino e idosos. A maioria estava na clínica médica I (39,3%) e II (57,9%). As condições clínicas gerais foram mais prevalentes nas duas estratégias com mais de 40%, após ficando a Oncologia na I (27,7%) e II (32,4%). Houve redução dos pacientes que estavam no CTI/UCO da I (20,9%) para II (9,2%) - p<0.01, queda na enfermaria da I (60,8%) para a II (42,5%) - p<0.01 - e aumento significativo da I (18,2%) para a II (48,2%) na sala de urgência - p<0.01. A percepção reduziu de 10,9 dias para 9,1 dias, o seguimento se manteve em 12 dias e a duração da internação teve queda de 24,3 para 20,7 dias - p<0.01 . A maior demanda foi a definição de prognóstico (56,7%). Acima de 70% de todos os pacientes tinham PPS 10 e acima de 85% ECOG 4. A condição oncológica é a que apresenta maior risco para o óbito e o PPS tem efeito inverso, apresentando menor impacto (Razão de Chances; IC95%). Conclusão: O serviço de cuidados paliativos no SHE foi estruturado pela ECP e incorporado à prática e cultura institucional e a Estratégia II foi a mais efetiva pois diminuiu a o tempo de reconhecimento dos pacientes no SHE e consequentemente a duração da internação.