Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Araujo, Jeanne Vidal de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde-21082023-170218/
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Resumo: |
Neste trabalho, procedemos a uma comparação entre o poder preditivo da taxa de juros Selic e o poder preditivo da moeda (para várias medidas de agregados monetários) sobre algumas variáveis reais da atividade econômica e sobre a inflação. A partir dessa análise, pretendemos verificar qual dentre essas duas variáveis de política possui maior habilidade de explicar as trajetórias futuras das variáveis macroeconômicas, ou seja, qual delas apresenta ligação mais forte com a economia real, de forma que justifique seu uso como instrumento de política monetária pelo Banco Central. Encontramos que a taxa de juros Selic é o melhor previsor da economia brasileira para o período do Plano Real. Isso indica que a taxa de juros constitui-se um instrumento mais eficaz para exercer efeitos reais sobre a economia e, assim, garante maior efetividade da política monetária no período estudado. Verificamos que a taxa de juros afeta substancialmente o nível de atividade econômica, representado pelas variáveis reais selecionadas, e tem poder de influenciar a trajetória futura da taxa de inflação. Encontramos também que o curso da inflação é fortemente afetado por choques externos. A trajetória da taxa de juros, por sua vez, é, em grande parte, explicada pelo prêmio de risco do país. Isso indica que a política monetária reage intensivamente a choques externos. No entanto, a parte da variância prevista para a inflação que se deve aos choques externos é maior que a parte devida aoschoques monetários. Isso pode indicar que a taxa de juros, apesar de ser efetiva em influenciar a trajetória da inflação, não consegue neutralizar os efeitos de choques externos sobre a inflação, dado que estes têm sido um componente determinante do comportamento dessa variável. O fato de choques externos afetarem consideravelmente o curso futuro da inflação pode constituir-se um dos maiores desafios para a prática do regime de metas inflacionárias no Brasil atualmente. |