Madame d\' Aulnoy e o conto de fadas literário francês do século XVII

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Ribeiro Filho, Paulo César
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-17052023-142303/
Resumo: Marie-Catherine Le Jumel de Barneville, Madame d\'Aulnoy (1652-1705), é comumente referenciada como autora do primeiro conto de fadas literário de que se tem notícia (\"A Ilha da Felicidade\", de 1690) e responsável pela atribuição do título \"conto de fadas\" (conte des fées) a um determinado tipo de narrativa de natureza fantasista que esteve em voga na França do século XVII. Contudo, apesar de sua relevância para a história da literatura ocidental, a vida e as obras Madame d\'Aulnoy permaneceram praticamente desconhecidas no Brasil até meados do século XXI. A presente tese de doutorado se propõe a resgatar a memória da referida autora a partir do estabelecimento de um esboço de biografia e da tradução integral de seus vinte e quatro contos de fadas para o português brasileiro. A partir da revisitação da história da formação da ciência moderna, alia-se a potência da criação artística à expansão do imaginário cósmico advinda dos avanços da astronomia seiscentista e propõe-se o exame dos possíveis limiares interpenetrativos existentes entre a lógica e a fantasia especulativa. Ademais, conjugando contribuições teóricas da literatura comparada ( CARV ALHAL, 2006; NITRINI, 2021), da teoria literária (BOTTIGHEIMER, 2002; COELHO, 2016; ZIPES, 2021), da história da literatura (CHARTIER, 2004; DEJEAN, 2005) e danarratologia estrutural (BAL, 2021; DORFMAN, 1969), propõe-se o uso do termo \"conto de fadas stricto sensu\" em referência aos contos de Madame d\'Aulnoy, visto a possibilidade de serem admitidos como \"contos sobre fadas\". Por fim, levanta-se vinte e um princípios composicionais até então concebidos como exclusivos da poética de d\'Aulnoy, sobretudo em comparação com os contos de Charles Perrault (1628-1703), seu contemporâneo