Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Alves, Márcia Gaião |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17136/tde-10052021-143502/
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Resumo: |
O câncer oral acomete em média 300.000 novos pacientes a cada ano, sendo o 16º tipo de câncer mais comum, no mundo. A sobrevida média de 5 anos, para esta patologia, é em torno de 50%. O tratamento usual para é a remoção cirúrgica da lesão, que é mutilante e compromete o bem-estar e a qualidade de vida do paciente, já que compromete áreas nobres da região craniofacial. Desta forma, a melhor compreensão da doença e a descoberta de novos biomarcadores são de relevância para o diagnóstico precoce e melhor predição do prognóstico. Neste sentido, o Lympho-Epitheial Kazal-Type Inhibitor (LEKTI) atua como inibidor cognato das serino-proteases Calicreínas (KLKs), como a KLK5 e a KLK7, proteases que atuam, primariamente, no processo de descamação epitelial. As KLKs 5 e 7, entretanto, estão relacionadas a diversos processos neoplásicos. Contudo, a ação destas enzimas, seja como oncoproteínas ou supressoras tumorais, ainda é contraditória na literatura. Resultados preliminares do laboratório mostravam que LEKTI está expresso nas células bem diferenciadas, em carcinoma experimental murino, e ausente na região indiferenciada do tumor. Como (i) LEKTI parece estar modulado no tumor, de acordo com a diferenciação celular; e (ii) KLK5 e KLK7 estão associadas à transformação tumoral; hipotetizamos que o equilíbrio enzima/inibidor, entre LEKTI e KLKs, é importante no contexto dos carcinomas orais. Um total de 50 amostras de mucosa oral (biópsias de hiperplasia inflamatória), 50 amostras de lesão pré-maligna oral (hiperqueratose com atipia), e 201 carcinomas orais foram marcados com a utilização da técnica de imuno-histoquímica anti-LEKTI, anti-KLK5 e anti-KLK7. Nossos resultados mostraram que LEKTI é abundantemente expresso, de forma absoluta, na mucosa oral e muito pouco expresso nas lesões malignas. Especialmente, sua expressão nos carcinomas orais indiferenciados é quase nula. Da mesma forma, a expressão absoluta de KLK5 e KLK7 é intensa na mucosa oral e pouco menor, quando consideramos os carcinomas orais. Interessantemente, nos carcinomas com maior expressão de LEKTI, existe uma modulação negativa na expressão de KLK5 quando comparados à mucosa oral e à lesão pré-maligna. Em conclusão, argumentamos que a expressão relativa, entre KLK5 e LEKTI, mostra grande potencial para o desenvolvimento futuro de novos biomarcadores.quando comparado à marcação absoluta das mesmas proteínas. |