As motivações para o consumo de alimentos saudáveis sob a ótica de marketing

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Rodrigues, David Barros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-30112016-143743/
Resumo: A sociedade tem sofrido há décadas os malefícios da má alimentação. Ao mesmo tempo que as pessoas têm consciência da importância de mudar seus hábitos, enfrentam grande dificuldade em alterar a forma como se alimentam. Uma série de pesquisas foi realizada sobre a questão do que motivaria as pessoas a escolher seus alimentos de forma geral, algumas apontando o Prazer Sensorial como principal motivação, mas pouco foi investigado sobre quais seriam os drivers da escolha de alimentos saudáveis. Há uma lacuna na literatura em relação a quais seriam os impulsionadores da escolha desse tipo de produto. Desta forma, o objetivo desta pesquisa é investigar as motivações para a escolha de alimentos saudáveis, pelos consumidores. Neste sentido, este trabalho insere-se em uma linha de pesquisa chamada Transformative Consumer Research. Para abordar os objetivos, desenvolveu-se uma investigação estruturada em 4 fases: (1) revisão da literatura; (2) pesquisa qualitativa por meio de entrevistas em profundidade; (3) pesquisa quantitativa por meio de modelagem de equações estruturais - amostra de desenvolvimento com 262 entrevistas; (4) pesquisa quantitativa por meio de modelagem de equações estruturais - amostra para teste do modelo com 300 entrevistas. Os resultados mostram que a motivação Familiaridade seria a mais importante a ser atendida para ampliar o consumo de alimentos saudáveis. Em segundo lugar, destaca-se a motivação Energia, entre as pessoas mais velhas (40 anos ou mais) e o Controle do Peso, entre as mais jovens (39 anos ou menos). O estudo aponta ainda duas outras motivações, Saúde e Funções do Corpo (intestino e digestão). Elas têm efeito significativo na intenção, mas há poucas evidências do seu impacto no consumo real. Por fim, a motivação Prazer Sensorial, apontada como a mais importante em trabalhos anteriores sobre alimentos no geral, destaca-se como a menos importante para o consumo de alimentos saudáveis. A pesquisa traz contribuições teóricas no sentido que apresenta um modelo integrativo das motivações ao consumo de alimentos saudáveis, traz o desenvolvimento de novas escalas, oferece definições para as motivações e os alimentos saudáveis, e aponta as diferenças entre as motivações ao consumo de alimentos saudáveis e as relacionadas aos alimentos no geral. São também apresentadas contribuições às empresas de alimentos, que poderiam adequar suas estratégias de posicionamento, targeting e produto de acordo com as necessidades reveladas dos consumidores. A pesquisa traz ainda contribuições sociais. Órgãos governamentais, ONGs e associações, que têm por objetivo a promoção da alimentação saudável, poderiam utilizar os resultados como forma de melhorar a eficácia de seus programas para ampliar o consumo destes produtos junto à população.