Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Perez, Carla Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-05102020-111131/
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Resumo: |
O linfedema é uma condição que envolve o membro superior homolateral em resposta a procedimentos terapêuticos relacionados ao tratamento do câncer de mama. A avaliação da deformidade decorrente da fibrose tecidual envolvida tem sido investigada por meio de ultrassom, entretanto, a caracterização das alterações morfológicas da disfunção com o instrumento ainda não está fundamentada, e pode ser condição necessária para determinar tanto o prognóstico, quanto a eleição de tratamentos direcionados. O objetivo do estudo foi avaliar a topografia e as características biomecânicas do tecido afetado por linfedema decorrente do tratamento do câncer de mama, por meio da ultrassonografia modo B e modo elastografia, em três estudos. O objetivo do estudo I foi identificar as regiões do membro superior mais afetadas por linfedema, bem como o período de desenvolvimento longitudinal da morbidade. Para tanto, foi efetuado um estudo de coorte retrospectivo de dados provenientes de mulheres submetidas ao tratamento para o câncer de mama. Foram considerados dados referentes à avaliação clínica e volumétrica dos membros superiores em controle mensal, por um período de 11 anos, sendo avaliados 792 prontuários. O objetivo do estudo II foi identificar e mensurar o grau de comprometimento, a topografia e as alterações biofísicas do tecido subcutâneo do membro superior no linfedema secundário ao tratamento do câncer de mama, por meio de ultrassonografia modo B. Foram avaliadas 42 mulheres com média de idade de 58 (±9,7) anos, com linfedema unilateral. Os membros superiores foram divididos em afetado pelo linfedema e controle (membro contralateral), subdivididos em sete pontos e avaliados de forma pareada. As características biofísicas espessura, entropia, e ecogenicidade foram mensuradas por meio de ultrassonografia e análise das imagens. O objetivo do estudo III foi avaliar o linfedema secundário ao tratamento do câncer de mama utilizando a elastografia, bem como a textura do tecido subcutâneo e sua relação topográfica. Para tanto, foram avaliados membros afetados por linfedema unilateral decorrente de tratamento do câncer de mama, divididos em acometido e controle (membro contralateral), subdivididos em sete pontos determinados. As imagens de ultrassom foram coletadas com auxílio de um pad com características biofísicas definidas, sendo referência para as medidas de deslocamento. Pode-se concluir com os achados do estudo I que o período de surgimento do linfedema após o tratamento do câncer de mama é irregular, e as regiões mais afetadas pelo maior volume no linfedema são as próximas a região cubital. Os achados do estudo II indicam que os dados apresentados pela ultrassonografia modo B foram consistentes tanto na identificação, mensuração do grau de comprometimento e alterações biofísicas do tecido subcutâneo, bem como nas medidas de espessura e ecogenicidade. Pode-se concluir no estudo III que o modo elastografia freehand (quasi-static), associado a um pad de medidas biofísicas 17 conhecidas, é uma ferramenta válida para avaliação da textura da fibrose tecidual. A relação topográfica mostrou que a fibrose é distribuída de forma irregular, sendo o antebraço a região mais afetada. |