Bancários com LER (Lesões por Esforços Repetitivos) e sua reabilitação profissional: possibilidades e limites no retomo ao trabalho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Gravina, Marcia Elena Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6134/tde-10022021-235431/
Resumo: Objetivo: Dentro do contexto do trabalho, atualmente, alguns trabalhadores no exercício profissional adoecem e se afastam. Após seu restabelecimento precisam retomar suas atividades laborativas, porém com restrições. Nesse sentido realizou-se estudo com o objetivo de avaliar o processo de reabilitação profissional entre bancários com lesões por esforços repetitivos, verificando dificultadores e facilitadores. Procedimentos metodológicos: O estudo baseou-se no atendimento do programa de reabilitação de um banco, além do desenvolvimento de um grupo com trabalhadores com LER, previsto no programa. Para aprofundamento dos dados foram realizadas entrevistas com 16 bancários que passaram pelo processo de reabilitação. Foi utilizado um roteiro semi - estruturado e o Discurso do Sujeito Coletivo para a análise, fundamentado na Teoria das Representações Sociais. Resultados: Quanto ao grupo, as pessoas que participaram apresentaram dificuldades com relação a: estabelecimento de limites, preconceito, resistência, pouco investimento do banco em recursos humanos, pressão para o atingimento de metas, insegurança e medo com relação ao futuro. Como facilitadores mencionaram a participação no grupo, o acompanhamento multidisciplinar e a discussão das atividades laborativas antes da recolocação. No que diz respeito às entrevistas os resultados foram divididos em temas e subtemas da seguinte forma: LER, a vivência que não se esquece; questões e situações que desfavoreceram a reabilitação profissional, cujos depoimentos estiveram relacionados às dificuldades no relacionamento interpessoal e à organização do trabalho; e aspectos contributivos: o fato de o trabalho ser visto por muitos como um fator de inclusão social e o suporte social. Conclusões: A reabilitação se mostrou possível de ser efetuada, apesar de ser uma atividade complexa para os trabalhadores e para a sociedade. Os fatores primordiais apontados como insucesso no processo de reabilitação foram a organização do trabalho e as relações interpessoais. Portanto qualquer ação de reabilitação no contexto da saúde dos trabalhadores deve contemplar estes dois aspectos.