Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Januário, Maria Paula Martins |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17135/tde-07022022-143645/
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Resumo: |
O gene H19 é considerado um importante supressor tumoral, está localizado no cromossomo 11, na região controladora de imprinting 1 (ICR1) e é controlado pela região diferencialmente metilada denominada de H19DMR. Foi descrito o seu envolvimento com a regeneração óssea e a sua expressão foi associada a um mau prognóstico em casos de osteossarcoma. Os processos proliferativos reparativos, como as osteomielites, apresentam potencial para transformações malignas. O objetivo deste trabalho foi analisar o padrão de metilação da H19DMR na osteomielite e sua associação com o prognóstico da doença. Foram selecionadas, no Laboratório de Genética e Câncer - UNESP - Botucatu, amostras de sangue e de lesões coletadas durante cirurgias. Foram obtidas, em estudos citogenéticos anteriores, células em suspenção a partir de cultura de células das amostras das lesões. O DNA foi extraído das células de sangue periférico e do material fixado das lesões utilizado para o estudo citogenético. O padrão da metilação do DNA da H19DMR foi observado utilizando-se a técnica de PCR em tempo real associada à enzima de restrição sensível à metilação. Foram selecionados quatro casos, sendo um de oesteomielite crônica com progressão mais agressiva para fibrosarcoma (Caso 1), o qual apresentava, entre outras alterações cromossômicas, monossomia do cromossomo X e 11; mais dois de osteomielite (Casos 2 e 3), sendo que no Caso 2 foi possível a análise citogenética com várias alterações clonais; e um caso de fibrossarcoma (Caso 4), uma neoplasia óssea e não osteomielite, para comparação, devido à progressão do Caso 1. O mosaicismo contendo células com monossomia do cromossomo X clonal não foi detectado pela eletroforese capilar, o que mostra que a citogenética tradicional ainda pode trazer resultados relevantes não detectados por outras técnicas. Nos Casos 1, 3 e 4 foi constatada a hipometilação da H19DMR proporcional à gravidade dos casos. Como a metilação estaria relacionada a uma menor expressão do gene, o esperado seria a hipermetilação nos casos de pior prognóstico, uma vez que o papel de supressor tumoral seria o de diminuir a progressão. No entanto, foi obtido o resultado inverso. Embora o número pequeno de amostras analisadas, os resultados obtidos de um provável aumento da expressão do H19, devido à sua hipometilação, poderia corresponder a uma tentativa de regeneração óssea, papel que já tem sido relacionado a este gene e mostraria um potencial de utilização da H19DMR como biomarcador. |