Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Vila Franca, Camilla Custoias |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100136/tde-03012019-200633/
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Resumo: |
Cosméticos verdes são aqueles que alegam ser desenvolvidos de acordo com princípios ecológicos, sendo geralmente associados às características natural, orgânica e/ou vegana. Os sistemas de certificação desses produtos visam assegurar o cumprimento de diretrizes préestabelecidas e comunicar o consumidor sobre os atributos dos produtos. Considerando a importância da certificação para a consolidação e o fortalecimento desse mercado, o objetivo do presente trabalho foi analisar a percepção de empresas produtoras de cosméticos verdes e consumidores a respeito da certificação natural, orgânica e vegana sob a perspectiva da Nova Economia Institucional. Para isso, foi empregada a triangulação metodológica, baseada em diversas abordagens de pesquisa, incluindo a realização de entrevistas semiestruturadas com representantes de empresas produtoras de cosméticos verdes certificadas e a aplicação de questionários de elaboração própria em amostra não-probabilística de 416 consumidores de cosméticos via Facebook. Os dados das entrevistas foram submetidos à análise de conteúdo e os questionários foram analisados por meio de estatística descritiva, ambos interpretados à luz da Nova Economia Institucional. Verificou-se que as empresas produtoras de cosméticos verdes atribuem à certificação um importante papel na comunicação sobre apelos ecológicos aos consumidores, no alinhamento de princípios com fornecedores, atuando como mecanismos de execução contratual e na obtenção de vantagens de mercado. As principais desvantagens relatadas pelas empresas produtoras foram os custos de transação decorrentes da obtenção e manutenção da certificação e possíveis dificuldades de comunicação com os consumidores. Em relação aos consumidores, predominaram na amostra usuários de cosméticos verdes. Porém, de modo geral, os consumidores possuem baixo nível de conhecimento e baixo grau de confiança nas principais certificações de cosméticos naturais, orgânicos e veganos atuantes no Brasil, além de perceberem tais certificações como pouco rigorosas. A disposição dos consumidores para pagar por cosméticos certificados foi estimada em 10 a 50% do preço dos produtos não certificados. A disposição para pagar está correlacionada com o nível de conhecimento e o grau de confiança dos consumidores nas certificações. Considerando os resultados do estudo, foram sugeridas estratégias para minimizar as desvantagens relacionadas aos custos de transação e às dificuldades de comunicação das certificações com os consumidores e ampliar suas vantagens, principalmente no que se refere à redução de assimetrias de informação e à obtenção de vantagens de mercado, de modo a contribuir para a consolidação e expansão do crescente mercado desses produtos |