Microalgas como ingrediente e suplemento dietético para tilápia Oreochromis niloticus: valor biológico, desempenho e composição da carcaça

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Barone, Rafael Simões Coelho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
DHA
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-07062017-085309/
Resumo: Existe um grande potencial para a expansão da produção de microalgas, tanto pela variedade de usos quanto pelos produtos que delas podem ser derivados. Dentre esses usos, as características nutricionais e funcionais conferem às algas alto valor biológico para uso em nutrição humana e animal. No entanto, são poucos os estudos que avaliam seu potencial na nutrição de peixes, mais especificadamente de tilápia, um dos principais produtos da aquicultura mundial. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial de uso de duas espécies de microalgas e o nível ótimo de inclusão da Schizochytrium em dietas para a tilápia. Para tanto, foram realizados ensaios para avaliação do coeficiente de digestibilidade aparente (CDA) de uma microalga rica em proteína, Chlorella sorokiniana, e outra rica em energia, a Schizochytrium sp., ao longo de ensaios de desempenho e digestibilidade de rações contendo níveis crescentes (0%; 1%; 2,5%; 5%; 7,5% e 10%) de Schizochytrium sp. a fim de determinar o nível ótimo de inclusão nas dietas. As microalgas apresentaram altos coeficientes de digestibilidade para a tilápia, com CDA para a proteína de 90,51 e 97,20 % e para energia de 84,22 e 82,55 %, para a Chlorella e Schizochytrium, respectivamente. Os níveis crescentes de inclusão da Schizochytrium alteraram a digestibilidade das rações de forma decrescente para a proteína, passando de um CDA de 88,07 para 86,01, e energia, de um CDA de 74,19 para 67,35. No ensaio de desempenho foi registrado aumento no consumo de ração e piora na conversão alimentar aparente, sem que outros parâmetros de desempenho zootécnico fossem alterados, à medida que aumentava os níveis de inclusão da Schizochytrium na dieta. Não foram registradas alterações nos conteúdos de macro nutrientes na carcaça dos peixes, no entanto, os níveis crescentes de inclusão alteraram o perfil de ácidos graxos aumentando a quantidade de ácidos graxos n-3 no filé, principalmente do ácido docosaexaenoico (DHA), e redução na relação n-6/n-3. Dessa forma, é possível a utilizar Schizochytrium sp. como aditivo nas dietas para alteração do perfil de ácidos graxos da tilápia, enriquecendo os filés com ácidos graxos n-3, com pouco prejuízo nos parâmetros de desempenho.