Digestão de resíduos sólidos orgânicos em um reator anaeróbio operado em bateladas sequenciais com separação da biomassa.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Katia Cristina da Cruz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3147/tde-16022022-095438/
Resumo: Com a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (2010), novas diretrizes foram estabelecidas, seguindo tendências modernas de se priorizar o reúso, a reciclagem e o tratamento em relação à disposição final, todavia, a implantação dessas diretrizes ainda está longe de ser realidade no Brasil. Atualmente, um dos grandes desafios é o tratamento da fração orgânica dos resíduos sólidos, que compõe entre 50% e 60% da massa dos resíduos sólidos urbanos coletados no Brasil. Visando-se o aprimoramento da tecnologia de biodigestão para tratamento dessa fração, este trabalho propôs um sistema de duas fases, no qual a biomassa anaeróbia fica retida em um meio suporte, buscando-se dessa forma, preservá-la, uma vez que seu crescimento é lento. Os reatores experimentais foram um filtro anaeróbio e um reator hidrolítico, também denominado reator de resíduos. Adicionalmente, utilizou-se lixiviado de aterro sanitário como líquido de recirculação entre as fases do sistema, atuando como alcalinizante e condutor da matéria orgânica hidrolisada com fluxo em sentido ascensional em ambos os reatores, com geração de biogás predominantemente no filtro anaeróbio. Com tempos de reação de 22 dias, para operação a 32ºC, e 32 dias, para operação a 25ºC, a produção de biogás não foi influenciada significantemente pelo aumento da taxa de recirculação de líquidos (12 para 24 ciclos por dia), sendo estas taxas suficientes para o sistema se comportar como mistura completa. As produções médias de metano foram de 0,42 LMetano.gSTV-1 (32ºC e 12 ciclos/d), 0,37 LMetano.gSTV-1 (32ºC e 24 ciclos/d) e 0,30 LMetano.gSTV-1 (25 ºC e 24 ciclos/d). Desde o início das bateladas, o biogás apresentou 50% de metano, e esta porcentagem cresceu ao longo do tempo, atingindo cerca de 70% a 85% ao final das bateladas. Apesar da separação das fases, observou-se a colonização de morfologias hidrolíticas e metanogênicas nos resíduos do reator hidrolítico. Destarte, pode-se concluir que a configuração proposta, em qualquer uma das condições testadas, possui grande potencial para ser utilizado no tratamento da fração orgânica dos resíduos sólidos urbanos.