Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Monteiro, Daiana Carolina Antunes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/91/91131/tde-22112013-141647/
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Resumo: |
O maior desafio da atualidade é atender a demanda crescente por matéria prima de forma responsável, mantendo a funcionalidade dos sistemas naturais às gerações atuais e futuras. Na Amazônia, formas históricas de uso do solo têm comprometido o padrão de cobertura e diversidade florestal. O Estado do Pará apresentou, de 2004 a 2012, as maiores taxas de desflorestamento na região, contabilizando 22% do Estado, resultando em reduções na biodiversidade e, consequentemente, no aumento de paisagens degradadas. Neste contexto, a silvicultura de espécies nativas apresenta-se como atividade potencialmente mitigadora, recompondo áreas alteradas, tornando-as produtivas, contribuindo com a conservação genética, a manutenção de serviços ambientais e a geração de emprego e renda. Para alcançar produções eficientes e eficazes existem pressupostos fundamentais, como identificação de material genético de alto rendimento, espécies compatíveis às condições edafoclimáticas, aspectos silviculturais e ecológicos das espécies. Neste trabalho, objetivou-se identificar condições topoclimáticas preferenciais ao paricá (Schizolobium parahyba var. amazonicum (Huber ex. Ducke) Barneby), espécie nativa da Amazônia, plantada em escala comercial no Brasil, para fim de laminação e seus derivados. Foram utilizadas informações georreferenciadas de ocorrências naturais e avaliadas as condições topoclimáticas predominantes nessas ocorrências. Para identificar faixas preferenciais foram aplicadas técnicas multivariadas, considerando as evidências obtidas em campo. Utilizando soluções de álgebra de mapas em ambiente de Sistema de Informação Geográfica (SIG) realizaram-se integrações de variáveis topobioclimáticas, selecionando as faixas preferenciais e limitantes à espécie. Como resultado, obteve-se o zoneamento indicando três zonas, com alto, médio e baixo potencial ao paricá, no Pará. As análises subsequentes foram realizadas utilizando dados de campo em plantios de paricá, no município de Dom Eliseu, no sudeste do Pará. Foram realizadas classificações digitais supervisionadas, utilizando imagens orbitais LANDSAT/TM-5 de 2010 para identificar padrões de uso e cobertura do solo no município. Os plantios de paricá foram espacializados no mapa de zoneamento de potencialidades do município, o que possibilitou a análise de respostas em NDVI (Normalized Difference Vegetation Index) extraídos do sensor remoto MODIS (Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer), em diferentes períodos de deficiência hídrica (CAD 300 mm), aplicando-se teste de média e análise de perfil por meio de técnicas uni e multivariadas. Verificou-se que existe tendência no vigor do paricá, com decrescimento de 0,85 a 0,68, nos meses de maior deficiência hídrica, bem com diferenças significativas entre os plantios nas áreas de alto e médio potencial. Além disso, diferenças no incremento dendrométrico na transição do período seco para o chuvoso foram avaliadas em nível de significância de 5%. A partir dos resultados, quatro cenários silviculturais foram estabelecidos, considerando forças motrizes na cadeia produtiva do paricá. As áreas com alto potencial topoclimático expressam respostas espectrais mais elevadas, indicando maiores ofertas hídricas no solo, ao paricá. Cenários de plantios florestais nas zonas de alto potencial são evidências de maximização de ganhos econômicos, sociais e ambientais. Espera-se, com esses resultados, subsidiar estratégias de redução de riscos em plantios de espécies nativas para consolidar uma economia de baixa emissão de carbono na Amazônia, em conformidade com atual Código Florestal. |