O sentido da paisagem e a paisagem consentida: projetos participativos na produção do espaço livre público

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Pereira, Raul Isidoro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16135/tde-12032010-114340/
Resumo: As rápidas transformações e a dinâmica do mundo contemporâneo, passam a requerer um novo olhar e novas abordagens relativas ao ato de projetar e conceber os espaços da cidade. O entendimento do projeto como simples produto, resultado exclusivo de elaborações formais, baseado em modelos pré-estabelecidos e obtidos através de uma visão de sobrevôo, mostra-se incapaz ou insuficiente para abarcar a complexidade e o metabolismo físico/social dos centros urbanos, mais particularmente das grandes metrópoles. Essa incapacidade se acentua cada vez mais, quando as forças sociais são solicitadas, cada uma na sua especificidade, a fazer frente, aos efeitos do capital globalizado, que atingem possibilidades devastadoras cada vez maiores, com os avanços da tecnologia, da ciência e dos mecanismos de controle mais sutis e capilares sobre os modos de vida e sobre os ecossistemas planetários. Neste sentido, esta tese procura estudar, analisar e quem sabe contribuir, no sentido da reflexão do projeto como processo sem, contudo desconsiderar o produto final, mas procurando entrelaçá-los, num movimento de sístole e diástole, através de processos participativos na construção do espaço livre público. A pesquisa parte de três experiências, que tem como lócus os municípios de Diadema e Osasco, situados na Região Metropolitana de São Paulo, cujo trabalho desenvolveu- se nas escolas da rede pública municipal e estadual, e nas diferentes áreas livres da cidade: praças, parques, vias públicas e quintais residenciais. Nesse processo dialógico e prático, onde o conflito, a incerteza, a colaboração e o desenho convivem em estado de permanente interação, esperamos extrair algum fruto, no sentido do fortalecimento do espaço público, tanto no sentido físico, como no social e político, e com isso, caminhar com vista à criação de lugares de vida mais bonitos e agradáveis, onde todos possam se encontrar, confrontar idéias, se expressarem livremente.