Identificação de epítopos de papilomavirus humano 16 e 18 ativadores de células T CD4+ e T CD8+ candidatos ao desenvolvimento de vacina terapêutica, uma abordagem in silico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Gonçalves, Rayane Valezi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HPV
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60140/tde-19072023-144204/
Resumo: O Papilomavírus Humano provoca lesões pré-cancerosas no epitélio cervical, podendo evoluir para um câncer cervical, considerado o quarto tipo de câncer mais comum entre mulheres mundialmente. Embora existam vacinas profiláticas disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), a eficácia foi comprovada apenas em quem ainda não havia sido exposto ao vírus. O uso de vacinas com as oncoproteínas E6 e E7 já se mostrou promissor na redução das lesões causadas por HPV. Baseado em vacinologia reversa, identificou e selecionou epítopos das proteínas E6 e E7 de HPV16 e HPV18, capazes de ativar as células CD4 e CD8. Usando a abordagem imunoinformática, as sequências de aminoácidos foram selecionadas de um banco de dados, e a identificação de epítopos foi realizada com base na afinidade de ligação ao complexo principal de histocompatibilidade (MHC) II e MHC I. Esses epítopos foram filtrados por ferramentas que avaliam antigenicidade, alergenicidade, toxicidade e afinidade entre complexo e receptor da célula T. Linkers foram anexados a cada peptídeo para clivagem e cada um foi analisado usando docking computacional (CD) para avaliar a energia de ligação. Os que se enquadraram nos parâmetros favoráveis foram avaliados em conservação e cobertura populacional. Utilizando as ferramentas imunoinformáticas, selecionamos seis epítopos de E6 e quatro epítopos E7 do HPV16, quatro epítopos E6 e sete epítopos E7 do HPV18, ambos com afinidade MHC II. Para o MHC I, foram selecionados quatro epítopos E6 e dois epítopos E7 do HPV16, bem como três epítopos E6 e dois epítopos E7 do HPV18. O docking computacional encontrou as melhores energias de ligação entre o Antígeno Leucocitário Humano (HLA) e os epítopos, ajudando no refinamento da seleção. Conservação e cobertura populacional confirmaram o melhor conjunto de epítopos. Ainda que as metodologias in sílico possam prever as respostas citotóxicas e das células T auxiliares, numerosos processos complexos estão envolvidos na resposta imunológica humana e, por isso, são necessários mais testes para confirmar essas previsões. Essa coleção de epítopos selecionada pode resultar numa vacina terapêutica de multiepítopos capaz de reduzir as lesões pré-cancerosas e ajudar a eliminação da infecção por HPV.