Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Paula Danielle Santa Maria Albuquerque de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17144/tde-13022020-103257/
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Resumo: |
Introdução: A dermatite atópica é uma desordem imunológica, caracterizada por inflamação cutânea crônica e/ou recidivante, cuja prevalência vem aumentando em todo o mundo. A hipótese de que uma estimulação precoce apropriada da microbiota intestinal contribua para o estabelecimento do equilíbrio do sistema imunológico tem levado ao uso de probióticos na prevenção e no tratamento da dermatite atópica em vários estudos clínicos e experimentais. Objetivos: Avaliar a eficácia clínica da mistura de probióticos (Lactobacillus e Bifidobacterium) e os efeitos da suplementação na sensibilização, inflamação e tolerância, em crianças e adolescentes com dermatite atópica. Método: Trata-se de um estudo clínico, duplo-cego, randomizado e controlado com placebo com duração de um ano. Quarenta crianças e adolescentes foram acompanhados com avaliações clínicas trimestrais e coleta sanguínea semestral. O teste cutâneo de leitura imediata foi realizado no início e ao final da pesquisa. Todos os pacientes foram tratados por um período de seis meses e receberam 1 grama (sachê) ao dia. Resultados: A análise estatística revelou resposta clínica significativa do grupo probiótico em relação ao grupo placebo, após seis meses de tratamento, com redução do SCORAD (p = 0,03; IC 95%, 2,44-52,94), mesmo após o ajuste pelas covariáveis (p = 0,02; IC 95%, 5,52-59,13). Observou-se, ainda, manutenção da melhora no grupo probiótico após três meses da pausa, quando realizado o ajuste pelas covariáveis (p = 0,04; IC 95%, 0,78- 27,70). Os níveis de IgE total não sofreram alterações entre os grupos. Os demais parâmetros (teste cutâneo de leitura imediata, citocinas inflamatórias e de tolerância imunológica) não apresentaram riscos relativos com diferenças estatísticas em relação ao placebo. Conclusões: A mistura de probióticos utilizada por seis meses em crianças e em adolescentes com dermatite atópica foi eficaz na redução do SCORAD. Este efeito benéfico não foi observado na modulação de citocinas inflamatórias ou tolerogênicas, assim como não houve influência sobre o teste cutâneo de leitura imediata e a IgE total. ClinicalTrials.gov #NCT02519556. |