Estudos biofísicos da proteína P21 de Trypanosoma cruzi

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Teixeira, Francesco Brugnera
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
P21
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/76/76132/tde-29052019-094425/
Resumo: Segundo a Organização Mundial da Saúde, em 2018, entre 6 e 7 milhões de pessoas estavam infectadas pelo parasita Trypanosoma cruzi, agente etiológico da Doença de Chagas. Dentre as piores consequências para os chagásicos estão os problemas cardíacos causados pela infecção, os quais afetam cerca de 25% dos pacientes na fase crônica da doença. Na busca por biomoléculas envolvidas no processo de invasão celular pelo parasita, uma proteína produzida por ele, denominada P21, foi encontrada. Ensaios biológicos mostraram que a proteína P21 de T. cruzi interage com o receptor de quimiocinas CXCR4 e desencadeia diversos processos bioquímicos, como: indução de fagocitose por macrófagos, indução da polimerização de actina e inibição de angiogênese. Os dados sugerem que a P21 também pode desempenhar um papel na cardiomiopatia induzida pelo parasita. Visando contribuir com a caracterização biofísica e estrutural da proteína P21, foi desenvolvido um protocolo para sua obtenção a partir de corpos de inclusão e reenovelamento, o qual forneceu quantidades necessárias da proteína para os experimentos. Espectros de ressonância Magnética Nuclear (RMN) permitiram avaliar de forma precisa a qualidade estrutural da amostra reenovelada frente a proteína P21 produzida de forma solúvel. Resultados de RMN mostraram também que a proteína possui cinco hélices-α em sua estrutura secundária, uma grande porção desestruturada, além de duas populações conformacionais em equilíbrio. Ainda, corroborando com os dados biológicos encontrados na literatura, um ensaio de interação in vitro indicou que a P21 interage com o receptor CXCR4, sendo a porção N-terminal deste receptor a região envolvida em tal processo.