Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Benatti, Dathiê de Mello Franco |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-15082016-225644/
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Resumo: |
Os acidentes de trabalho constituem-se em um grave problema de saúde pública. O Brasil já foi considerado campeão mundial em acidentes de trabalho e sua incidência ainda é muito elevada no país, acarretando profundos impactos físicos e psicológicos na vida dos trabalhadores. Em decorrência da modernização tecnológica, intensificada nas últimas décadas, o processo de trabalho no meio rural brasileiro passou por profundas transformações que afetaram as condições de trabalho e deixaram os trabalhadores mais suscetíveis à ocorrência de acidentes e a diferentes agravos à saúde. A exposição a agrotóxicos, as novas práticas de queima da cana e o manuseio de máquinas e instrumentos de trabalho em um contexto de intensificação do trabalho exemplificam esta situação. O objetivo deste estudo foi o de conhecer em que circunstâncias ocorreram os acidentes de trabalho envolvendo trabalhadores da agroindústria canavieira da região de Araraquara (SP) e suas consequências para os trabalhadores. A pesquisa foi realizada em duas etapas: na primeira, levantaram-se os acidentes ocorridos com trabalhadores rurais no período de 2010 a 2012. Nesta etapa, os dados foram levantados nos Relatórios de Atendimento ao Acidentado do Trabalho (RAAT), disponíveis no Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) de Araraquara, e teve por finalidade traçar um perfil dos acidentes e dos acidentados e selecionar, dentre as vítimas, as que seriam entrevistadas. Na segunda etapa, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 14 trabalhadores acidentados e com a gestora do CEREST. O cruzamento dos dados obtidos nos documentos consultados e nas entrevistas com os trabalhadores apontam para uma série de fatores que contribuem para a ocorrência dos acidentes, tais como o ritmo intenso de trabalho, as jornadas de trabalho prolongadas, os instrumentos de trabalho inadequados, a falta de equipamentos de proteção, a exposição a agrotóxicos, ao ruído, ao sol, a chuva e presença de animais peçonhentos, fatores estes que estão relacionados às condições e organização do trabalho. Além de o trabalho rural provocar danos físicos, também pode deixar marcas por meio do sofrimento psíquico, através das exigências da organização do trabalho. |