Identificação de fenótipos em indivíduos com DPOC: influência do nível de atividade física na vida diária, composição corporal e força muscular de quadríceps

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Xavier, Rafaella Fagundes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-02072018-115113/
Resumo: Introdução: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) apresenta repercussões sistêmicas que contribuem negativamente para a evolução da doença e aumentam a mortalidade nestes indivíduos. O nível de atividade física e a força muscular periférica têm sido evidenciados como fatores de morbi-mortalidade em pacientes com DPOC, entretanto os fenótipos previamente descritos na literatura não incluem estes fatores como determinante dos fenótipos. Objetivo: Identificar fenótipos em indivíduos com DPOC considerando o nível de atividade física, a composição corporal e a disfunção muscular esquelética. Casuísticas e Métodos: Foram avaliados 190 indivíduos em relação à função pulmonar (espirometria), ao controle clínico da DPOC (CCQ), aos fatores de saúde relacionados à qualidade de vida (CRQ), ao nível de atividade física na vida diária (acelerômetro - Actigraph GT3X), à força dos músculos esqueléticos (isometria máxima) e à composição corporal (biompedância). Após 3, 6, 9 e 12 meses destas avaliações, os indivíduos foram questionados quanto à ocorrência de exacerbações e hospitalizações. Para a identificação dos fenótipos foi realizada análise de agrupamento de cluster. As comparações entre os fenótipos identificados foram realizadas por meio do teste de one-way ANOVA seguido do pos teste de Tukey para dados paramétricos e do teste de Kruskal-Wallis seguido do teste de Dunn para dados não paramétricos. A normalidade dos dados foi avaliada por meio do teste de Kolmogorov-Smirnov. Para comparação das variáveis categóricas foi utilizado o teste de qui-quadrado. O nível de significância foi ajustado para 5%. Resultados: Foram identificados 3 fenótipos (clusteres) distintos de acordo com a idade, atividade física, composição corporal, força muscular, qualidade de vida e controle clínico. O fenótipo 1 englobou indivíduos mais jovens, com pior controle clínico e maior número de comorbidades, os indivíduos deste grupo apresentaram maior frequência de exacerbação comparados aos fenótipos 2 e 3. Os indivíduos do fenótipo 3 apresentaram menores valores de atividade física, maior tempo em comportamento sedentário e maior frequência de hospitalização nos indivíduos que exacerbaram. Conclusão: O presente estudo demonstrou a existência de diferentes fenótipos em pacientes com DPOC em relação à atividade física. Estes resultados são relevantes para o manejo clínico de indivíduos com DPOC e para a escolha de estratégias para aumentar o nível de atividade física destes pacientes