Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1998 |
Autor(a) principal: |
Alves, José Claudio Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-20122022-110956/
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Resumo: |
O padrão de violência existente na Baixada Fluminense será aqui analisado dentro do processo de formação histórica da região. Na compreensão deste fenômeno, expresso nos permanentes e elevados índices de homicídios e na atuação dos grupos de extermínio, a relação desta violência com o poder local torna-se central. Assim, parte da estratégia política de determinados setores, a violência estará inscrita na construção de bases políticas sobre as quais se fundamentarão não só o poder local, mas os demais grupos políticos estabelecidos no plano estadual e federal. A permeabilidade das instituições democráticas aos mecanismos de perpetuação desta violência ilegal se associará à pobreza de uma imensa periferia urbana, possibilitando a construção de trajetórias políticas calcadas tanto no medo como no clientelismo. Mandatos populares de matadores surgirão assim, não como expressão da barbárie de uma sociedade à margem da civilização e impregnada por uma cultura da violência, mas como possibilidades historicamente construídas pelas relações de poder. O resultado da morte de milhares de pessoas, na sua maioria não-identificadas e ignoradas pelo sistema de justiça criminal, corresponde, assim à transformação destas mortes em credenciais políticas, reconhecidas pelos donos do poder local, pelos grupos políticos \"supra-locais\" e por ampla parcela da população. Exumar socialmente o processo de formação desta realidade é o que se pretende aqui |