Efeitos de punição sobreposta ao reforçamento positivo sobre a aquisição e manutenção da variabilidade comportamental em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Santos, Glauce Carolina Vieira dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-29042011-114701/
Resumo: Tem sido relatada a escassez de pesquisas sobre possíveis relações entre variabilidade comportamental e controle aversivo. O objetivo do presente trabalho foi analisar a aquisição e a manutenção da variabilidade reforçada positivamente, tendo como adição a punição de padrão não variável. Ratos foram divididos em três grupos. Na Fase 1, os sujeitos de dois grupos, denominados L (n=4) e A (n=4), foram submetidos ao reforçamento positivo em LAG 4, no qual sequências de quatro respostas a duas barras (direita D; esquerda E) foram reforçadas quando diferiram das quatro anteriormente emitidas, não havendo consequência programada para as sequências que não atenderam a esse critério. No terceiro grupo, denominado LC (n=8), os animais também foram expostos ao LAG 4, com a diferença de que as sequências que não atenderam ao critério de reforçamento foram seguidas de choque elétrico de 0,1s/0,3mA (LAG 4+CHOQUE). A partir da Fase 2, somente os animais dos Grupos L e A permaneceram no experimento. O Grupo L foi exposto ao LAG 4+CHOQUE e o Grupo A, ao procedimento ACO+CHOQUE, no qual a distribuição desses estímulos foi acoplada à obtida pelos animais do grupo anterior. Nas Fases 3 e 4, os animais dos Grupos L e A foram expostos ao LAG 4, havendo um intervalo de um mês entre as fases, no qual os permaneceram no biotério. Na Fase 5, os sujeitos do Grupo L foram mantidos sob LAG 4 e os do Grupo A tiveram a distribuição de reforços acoplada ao grupo anterior. Na Fase 6, os animais receberam reforço positivo ou um período de timeout: no Grupo L, a água era contingente ao critério de LAG 4 e o TO às demais sequências e no Grupo A, a liberação de água ou TO foi acoplada à distribuição obtida pelos sujeitos do grupo anterior. Os resultados mostram aquisição e manutenção da variabilidade em todas as fases experimentais, porém com alguma interferência dos choques dificultando principalmente a aquisição do padrão variável. Os efeitos mais acentuados foram obtidos em menores índices U, das porcentagens de sequências reforçadas e das taxas de resposta entre os animais do Grupo LC, na Fase 1. Esses efeitos foram analisados como possíveis produtos de uma aquisição de funções discriminativas do choque elétrico para algumas sequências. Nesse sentido, embora seja possível instalar e manter repertórios variáveis mesmo quando uma contingência de punição é sobreposta ao reforçamento positivo, a instalação pode ser, ao menos parcialmente, prejudicada. Novas investigações sobre as possíveis relações entre punição e reforçamento positivo da variabilidade comportamental são sugeridas