Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Leiria, Paulo Ari Tietböhl |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-28022012-091900/
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Resumo: |
As aderências intra-abdominais são complicações relativamente comuns das cirurgias abdominais dos equinos após uma intervenção cirúrgica, podendo resultar em processos obstrutivos, dor abdominal recorrente e vôlvulos. Os avanços técnicos e farmacológicos são direcionados a minimizar o trauma e a inflamação peritoneal, aumentar o processo de fibrinólise, promover movimentação intestinal e separar tecidos potencialmente adesiogênicos durante a fase inicial de cicatrização. No presente trabalho foram utilizados 10 equinos, machos, SRD, entre 4 e 15 anos e peso entre 300 e 400kg. Incluíram-se no experimento os animais que não apresentaram alterações no exame físico e laboratorial, prévios. A membrana biológica utilizada era proveniente do banco de membranas biológicas do HOVET da FMVZ-USP. O protocolo anestésico consistiu de sedação com associação de xilazina 10% (0,7mg/kg) e tartarato de butorfanol (0,04mg/kg). A laparotomia foi realizada pelo flanco esquerdo com os animais em posição quadrupedal. No ponto médio de sua exteriorização (flexura pélvica) foi induzida lesão por abrasão em superfície serosa, com dimensão de 7x7 cm. Após a indução das lesões, nos animais do grupo 1 (cinco animais), a área lesionada foi recoberta com membrana biológica. Nos animais do grupo 2 (cinco animais), o segmento intestinal exteriorizado, após a criação das lesões, foi lavado com solução fisiológica e reposicionado na cavidade abdominal. Em ambos os grupos foi realizada a sutura de um ponto simples no centro da lesão utilizando-se fio de nylon 2-0, com o objetivo de referendar a lesão criada. As suturas dos planos musculares e subcutâneo foram realizadas com sutura contínua com fio absorvível Poliglactina 910 n0 2 e n0 00 respectivamente, e a pele foi suturada de maneira contínua utilizando-se nylon n0 0. A avaliação pós-operatória consistiu de avaliação física diária e coleta de material para análise laboratorial (sangue, soro e líquido peritoneal) semanalmente, durante quatro semanas. Decorridos 30 dias após o procedimento cirúrgico, os animais foram submetidos à nova laparotomia a fim de verificar a presença de aderências intra-abdominais, aspecto macroscópico das lesões e do implante, e realização de biópsia intestinal. A coleta do material para a realização dos exames laboratoriais foi realizada nos momentos: M0- período pré-operatório imediato, M7- 7 dias de pós-operatório, M14- 14 dias de pós-operatório, M21- 21 dias de pós-operatório, M28- 28 dias de pós-operatório. A laparotomia realizada em posição mais ventral e seguindo a técnica de grade possibilitou menor trauma cirúrgico, mas esta abordagem ofereceu ao cirurgião menor campo operatório, determinando alguma dificuldade de exteriorização do segmento intestinal. A evolução clínica dos animais foi satisfatória apresentando vantagem quando comparada a citação da literatura. Durante a reavaliação cirúrgica verificou-se presença de tecido cicatricial fibroso entre os planos musculares que determinou pequena dificuldade para o acesso da cavidade abdominal. Não foram observadas aderências intra-abdominais em ambos os grupos. O aspecto macroscópico das lesões no grupo experimental caracterizou-se por extensa área de hiperemia com cobertura de tecido seroso; e no grupo controle, verificou-se pequeno tecido cicatricial recobrindo o material de sutura. A realização das biópsias intestinais foi executada com facilidade bem como sua sutura. A avaliação histológica demonstrou em ambos os grupos intensa infiltração eosinofílica, presença de colágeno em fase de maturação além de evidências de intensa neovascularização. A partir da análise dos valores laboratoriais observaram-se diferenças estatísticas significativas nos valores sanguíneos de bilirrubinas, hematócrito, monócito, uréia; e no líquido peritoneal estas diferenças foram manifestadas em proteína, densidade e número de leucócitos segmentados. Conclui-se que a abrasão focal de serosa de cólon maior como único fator promotor de aderências intra-abdominais fibrosas foi insuficiente. Além disso, a utilização de pericárdio equino como proteção de áreas de lesão intestinal, mesmo não tendo sido comprovada sua eficácia na minimização das aderências intra-abdominais, apresenta-se viável e possível, pois não foram observadas diferenças estatisticamente significativas (hematológicas, bioquímicas ou do líquido peritoneal) na comparação entre os grupos, ou alterações que determinasse efeitos deletérios aos animais. |