Geologia dos evaporitos Paripueira na porção alagoana da Bacia de Sergipe

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1996
Autor(a) principal: Florencio, Cláudio Pires
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44133/tde-08092015-095505/
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo contribuir para um melhor conhecimento sobre os aspectos geológicos que envolvem os evaporitos Paripueira na porção alagoana da Bacia de Sergipe/Alagoas. O estudo de tais depósitos reveste-se de grande importância econômica pois os sais são produtos básicos para a produção de matéria-prima para diversas indústrias. São reconhecidas duas fases evaporíticas: Paripueira e Ibura, ambas depositadas durante o Cretáceo Inferior. Os dados foram obtidos a partir de estudos petrográficos, geofísicos e geoquímicos, envolvendo testemunhos de sondagens, perfilagens de poços, perfis compostos, linhas sísmicas e análises químicas. Os evaporitos Paripueira estão distribuídos em três principais áreas relacionadas aos baixos estruturais, formando bacias aparentemente isoladas, denominadas de Paripueira, Maceió e Coruripe. Nessas áreas o intervalo salífero é formado essencialmente por depósitos de halita irregularmente dispersos, e ocupando diferentes posições estratigráficas no Membro Maceió, com espessuras, profundidades e quantidade de camadas variável, apresentando intercalações de rochas carbonáticas e siliciclásticas, não sendo encontrados sais mais solúveis. As maiores profundidades ocorrem na área de Coruripe, atual porção submersa de bacia. A sub-bacia de Paripueira destaca-se como área promissora e economicamente viável para mineração por dissolução subterrânea. São reconhecidas duas fácies halíticas, denominadas de bandeada e cristaloblástica, com predominância da primeira sobre a última. Os resultados analíticos para teores de bromo e geoquímica orgânica apontam uma origem marinha para as salmouras responsáveis pela formação desses sais. A irregularidade na distribuição das camadas salíferas, e a diferença de espessuras em poços relativamente próximos, evidenciam sucessivos avanços e recuos da salmoura cujo aporte ocorreu, em condições de pré-concentração, pobre em carbonatos e sulfatos.