O labirinto da colonização: México, território e \'destino manifesto\'

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Barros, Mateus de Sá Barreto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8161/tde-02062017-094102/
Resumo: Este trabalho constitui uma análise focada nas ações do Estado frente aos povos originários/camponeses e à sociedade mexicana como um todo, devido à redefinição do processo de colonização no sul-sudeste do México, região com maior concentração dos povos originários/camponeses. O ano de 2014 foi, para os mexicanos, de grandes mudanças, pelo advento das reformas na constituição empreendidas pelo governo de Enrique Peña Nieto, as Reformas Estruturais. Em 2016, o presidente mexicano já havia efetivado onze reformas. O que chamou mais atenção foi o fato de a população mexicana, de modo geral, pesquisadores e estudantes, mais especificamente, espantarem-se com a insistência na Integração Física, haja vista acreditarem que tal projeto havia sido interrompido pelo grande número de protestos e a crise de 2008/2010. A mídia, antes interessada, não mencionava nada a respeito, mas o processo de integração continuava a todo vapor. A análise documental do projeto de Integração Física Regional e seus desdobramentos atuais configura-se como o objetivo maior do presente trabalho. Os estudiosos utilizados estão sob a égide do materialismo histórico marxiano que, afinal, é, reconhecidamente entendido pelo próprio Marx, o mais importante a ser considerado em suas produções o que diferencia o decolonialismo do realizado pelos pensadores europeus é pôr a América Latina no centro do mapa, elucidando como o continente foi forjado, geográfica e filosoficamente e como os conceitos aqui elaborados serviram para a expansão das relações imperialistas do capitalismo, especialmente, o conceito de raça. Assim, buscou-se evidenciar como os conceitos (espaço e tempo) foram apropriados pela Europa para a constituição do continente latino-americano, para a partir disto pensar o continente na conformação do sistemamundo- capitalista, ou melhor, a reprodução das relações imperialistas. Explicou-se as relações interamericanas atuais a partir da história, pois ao contrário do que se imagina é de longa data, remete-se ao século XIX. Além disso, evidenciou-se o posicionamento do México a partir da mudança de eixo da Europa para os Estados Unidos no pós-guerra até a adesão ao Tratado de Livre Comércio do Norte. Por fim, dedicou-se à análise do projeto de Integração Física Regional, prioritariamente, a participação do México, a sua liderança frente ao Plan Puebla Panamá, as consequências para a sociedade. O intuito é situar o Plano, por isso, fez-se um levantamento histórico, além de analisar o Capítulo México, Documento Base e abordar a organização indígena e campesina, as lutas empreendidas contra o Plano e a íntima conexão existente entre as relações internacionais e as dinâmicas internas da sociedade mexicana.