Partição da atividade da redutase do nitrato durante o desenvolvimento de plântulas de soja (Glycine max L. Merr)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1979
Autor(a) principal: Carelli, Maria Luiza Carvalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20240301-154344/
Resumo: O processo de aparecimento e manutenção da atividade da enzima redutase do nitrato, “in vivo”, foi determinado em plântulas de soja, cultivadas em vermiculita, em temperatura constante e sob luz contínua. A atividade enzimática foi detectada nos cotilédones após aproximadamente 20 horas de exposição à luz contínua, e foi proporcional às concentrações de nitrato nas soluções de irrigação. O valor máximo de atividade foi obtido após 120 horas de iluminação, nos cotilédones das plântulas que receberam solução 15 mM de nitrato. As curvas referentes à acumulação de clorofila e atividade da redutase do nitrato nos cotilédones seguiram o mesmo padrão, indicando que ambos os eventos foram relacionados com o desenvolvimento de intensa atividade anabólica. A atividade da redutase do nitrato nos cotilédones foi inibida pela cicloheximida, mas não pela actinomicina D, sugerindo que a atividade enzimática depende da síntese de proteína “de novo”, mas não da síntese de RNA. A fase de aumento da atividade da enzima nas folhas primárias coincidiu com a fase de máxima atividade nos cotilédones. O mesmo fenômeno foi observado na etapa seguinte de crescimento, na qual o decréscimo da atividade da redutase do nitrato nas folhas primárias foi acompanhado do aumento da atividade na primeira folha trifoliolada. A atividade enzimática foi baixa nas folhas em início de expansão, atingiu valores máximos em folhas quase que totalmente expandidas, e declinou posteriormente com a idade. As determinações das atividades máximas da redutase do nitrato, quando efetuadas com a infiltração de nitrato nos tecidos, foram cerca de 2,3, 3,2 e 2,2 vezes maiores do que as análises sem nitrato no meio de reação, para os cotilédones, folhas primárias e primeira folha trifoliolada, respectivamente. A remoção dos 2 cotilédones, 24 horas após a emergência das plântulas, provocou decréscimos de 78 e 75% na acumulação de matéria seca e na área das folhas primárias, após 240 horas de luz contínua. Houve um atraso de 72 horas no início da expansão das folhas primárias e a primeira folha trifoliolada não se desenvolveu até o término do experimento. O desenvolvimento do caule também foi prejudicado pela remoção dos 2 cotilédones, ocorrendo decréscimos de 62 e 81% na altura e no peso da matéria seca, após 336 horas de luz contínua. A retirada de 1 cotilédone afetou em menor proporção os parâmetros considerados, ocasionando reduções de 20 e 21% na produção de matéria seca e na área das folhas primárias, após 240 horas de luz contínua. O desenvolvimento da primeira folha trifoliolada foi pouco alterado pela remoção de 1 cotilédone, e não houve defasagem na expansão das folhas primárias, quando comparadas com o controle. A altura e o peso da matéria seca do caule das plântulas com 1 cotilédone, apresentaram reduções de 14 e 29%, após 336 horas de luz contínua. As atividades máximas da redutase do nitrato, expressas em µ moles NO2. H-1 por folha, nas folhas primárias das plântulas com 1 e 2 cotilédones removidos, foram, respectivamente, 65 e 9% da atividade enzimática das plântulas intactas.