O hiperconsumo de moda como fenômeno hedonista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rosa, Jéssica
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100133/tde-24062019-161314/
Resumo: A presente dissertação é um aprofundamento teórico no campo da moda e do consumo, no qual, teve como proposta fundamental uma análise histórica em termos culturais, sociológicos, psicológicos e filosóficos, do consumo do final do século XIX (pós-revolução industrial) até os dias atuais, com ênfase no modo de como o ato da compra foi gradualmente se desvinculando de necessidades materiais, funcionais e de distinção social, passando a assumir um teor de hiperconsumo hedonista, assim como suas consequências. O desenvolvimento do trabalho se deu a partir de uma pesquisa qualitativa baseada em revisão bibliográfica centrada, sobretudo em três autores atentos ao fenômeno do consumo, são eles: Gilles Lipovetsky, Zygmunt Bauman, e Colin Campbell. A investigação esclareceu que a história do consumo, sobretudo a de moda, teve grande influência para o desenvolvimento do atual hiperconsumo, seja por meio da evolução da indústria com o fordismo e com a produção em massa, seja com o desenvolvimento dos mercados e do consumo de massa, por meio das lojas de departamentos ou das estratégias de publicidade e marketing, que atrelaram características de sedução em busca de desejos. Assim como, este trabalho concluiu que o atual panorama de hiperconsumo tem grande influência na individualidade do consumidor contemporâneo, que busca através do consumo o prazer e a felicidade, mas que de certa forma isso é mais atrelado às imaginações e devaneios dos sujeitos do que na compra em si, logo, o lado hedonista do bem de consumo chega ao fim muito rapidamente, após sua aquisição ou no seu descarte, o que resultará em frustrações e em um ciclo que é operado com base na lógica do desejo, aquisição, desilusão, desejo. A pesquisa pôde ainda evidenciar que os consumidores, além de buscarem o prazer na compra, buscam em sua maioria a sua criação ou a recriação da identidade, já que a própria sociedade em sua superabundância de produtos, serviços e entretenimento permite essa transitoriedade e fluidez