Zoonoses transmitidas por carrapatos: aspectos regionais e vigilância no vale do Paraíba, Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Silva, Ana Claudia Silveira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6137/tde-26082009-151822/
Resumo: Introdução: A OMS recomendou às Américas, em 2004, implementar e aperfeiçoar sistemas específicos de vigilância epidemiológica das rickettsioses, caracterizando as áreas de transmissão dos diferentes agravos, investindo em vigilância epidemiológica e ambiental ativas. Estas são zoonoses relacionadas aos fatores fundamentais da expansão urbana, bem como ao aumento populacional de vetores e hospedeiros em contato com a população humana. Nas regiões do Vale do Paraíba paulista não há situação de endemia reconhecida, porém esta apresenta semelhanças ambientais e socioeconômicas com outras regiões ditas endêmicas, do Estado de São Paulo, não rara é a ocorrência de carrapatos das espécies descritas como vetores de doenças e ocorre importante intercâmbio de pessoas com objetivos de trabalho e lazer ao longo desta região, inclusive com freqüente fluxo internacional. Método: Avaliação do potencial de risco de transmissão de zoonoses por carrapatos em áreas selecionadas. Através de informações ambientais, prevalência de carrapatos transmissores de zoonoses e acessibilidade da população humana a áreas infestadas, criou-se uma escala para caracterização do risco. Resultados: Em 252 áreas das 6 microrregiões do Vale do Paraíba Paulista, no período de mai./2008 a mar./ 2009, foram encontrados 7.800 carrapatos adultos, além de ninfas e larvas, muitas das quais em criações familiares de coelhos e galinheiros. A classificação final apontou 42,5% das áreas inspecionadas em situação de risco iminente de transmissão de zoonoses por carrapatos. Outros 33% correspondeu ao risco limitado ou moderado. Nos restantes 24% da área estudada a classificação foi risco potencial para transmissão rickettsioses. Recomendações: Às áreas sob risco iminente, de situação de risco de transmissão de zoonoses por carrapatos, recomenda-se que os serviços de saúde locais mantenham uma vigilância acarológica programada e orientações à população. Às áreas sob risco limitado ou moderado, recomenda-se a manutenção de rotina de vigilância acarológica e inclusão da vigilância ambiental, com envolvimento da população. Às áreas sob risco potencial para transmissão de zoonoses, recomenda-se imediata elaboração de estratégias controle para as espécies encontradas, envolvendo os setores de saúde e a população. O aprimoramento da articulação com os serviços regionais e profissionais veterinários é de fundamental importância. Além disso, a estruturação dos serviços de saúde da região, adequação da área física, recursos humanos e materiais, são indispensáveis.