Nanoblendas de PVA/PLA: potencial para aplicação na liberação prolongada de fármacos hidrofílicos e hidrofóbicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Cabral, Deliane da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
PLA
PVA
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18158/tde-20042023-165715/
Resumo: Nanoblendas apresentam vantagens em relação às blendas convencionais quando aplicadas em sistemas de liberação de fármacos, tais como maior absorção, aumento da biodisponibilidade, menor dosagem, aumento da taxa de dissolução, entre outras. Diante disso, o método de emulsão óleo em água foi proposto para obtenção de nanoblendas a partir dos polímeros poli(vinil álcool) (PVA) e poli (ácido lático) (PLA) para aplicação em sistemas de liberação controlada de fármacos. Para isso, uma solução aquosa de PVA foi incorporada em uma solução de PLA em clorofórmio utilizando-se um sonicador para formar uma emulsão do tipo água em óleo. Diferentes concentrações e PLA de diferentes massas molares também foram testados. As nanoblendas obtidas foram caracterizadas por microscopia eletrônica de varredura (MEV), por espectroscopia no infravermelho (FTIR) e calorimetria diferencial de varredura (DSC). A fase dispersa apresentou dimensões nanométricas, com seu tamanho aumentado com o aumento do teor de PLA. Os espectros de FTIR indicaram interações entre o PVA e o PLA devido à formação de ligações de hidrogênio entre eles. As nanoblendas funcionaram tanto como uma dispersão líquida, quanto como um filme seco. Esta conversão da dispersão líquida em um produto seco tem muito valor na indústria farmacêutica como sistema de entrega de fármacos. A nanoblenda PVA/PLA 50:50 foi testada como sistema de liberação controlada para a tetraciclina (hidrossolúvel) e para a vitamina D (lipossolúvel). A liberação in vitro destes fármacos foi de 80% para a tetraciclina em 24 horas e de 70% da vitamina D em um período de 150 horas. Após o ajuste do modelo de Korsmeyer-Peppas dos dados experimentais de liberação, concluiu-se que para a tetraciclina, a liberação é comandada pelo processo de difusão Fickiana, e para a vitamina D, a liberação é uma combinação de dois mecanismos, de difusão e de erosão das esferas de PLA. Portanto, os sistemas podem ser aplicados em liberação de fármacos hidrossolúveis e lipossolúveis.