O harém ao rés do chão. Imaginário europeu e representações médicas sobre o lugar-segredo, 1599-1791

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Soares, Marina Juliana de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-01062015-180929/
Resumo: Propôs-se investigar nesta pesquisa de que modo os autores europeus no período moderno conceituaram e representaram o harém islâmico. Para tanto, foi examinado um conjunto de narrativas de viagem produzidas entre os fins do século XVI e o século XVIII, além de dicionários e enciclopédias da mesma época. Aquelas eram resultado das viagens de europeus com perfis e projetos distintos para o Império Otomano, para a Pérsia e para o Norte da África, cujos relatos foram publicados originalmente em língua inglesa e francesa. Dentre os dezesseis relatos de viagem principais analisados aqui, o último deles, publicado em 1791, descrevia a experiência de um médico inglês em dois haréns do Reino de Marrocos. Diante disso, o debate sobre os pressupostos médicos europeus em contato com as práticas médicas mouras recebeu especial atenção. Após o exame deste cenário textual, e das indicações sobre a luxúria característica das sociedades islâmicas, buscou-se responder a seguinte questão: em que medida as representações construídas por estes autores teriam incitado um imaginário sobretudo sexual acerca do harém?