Migração para qualificação da força de trabalho e a questão racial: estudantes africanos/as lusófonos/as negros/as em universidades goianas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Souza, Lorena Francisco de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-12122014-193729/
Resumo: Esta pesquisa propôs uma análise crítica das migrações estudantis na atual sociedade moderna produtora de mercadorias, problematizando a vinda de estudantes africanos/as para as universidades brasileiras, em particular, a Universidade Federal de Goiás (UFG), a Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) e a Universidade Estadual de Goiás (UEG) a partir do Programa de Estudante Convênio de Graduação e Pós-Graduação (PEC-G e PG). Este programa destaca-se como um importante acordo de cooperação educacional estabelecido entre o Brasil e países do Terceiro Mundo, dentre eles, os países africanos de língua portuguesa. Investigamos e propomos uma discussão sobre o/a migrante estudante africano/a, sob a base da qualificação da força de trabalho e o valor-dissociação como prerrogativas para a crítica do valor a partir da questão racial como uma particularidade. Na crise vivida pela sociedade moderna a mobilidade estudantil é encarada como uma alternativa governamental para o chamado desenvolvimento econômico e político de um Estado, portanto, a migração estudantil é um fenômeno particular de mobilidade da força de trabalho gerada pelo processo de modernização. A mobilidade de estudantes entre os países em desenvolvimento tem sido uma realidade cada vez mais presente e incitou-nos a pensar no migrante pela ótica dos acordos internacionais, a corrida pela qualificação profissional que se torna uma exigência fundamental no sistema produtor de mercadorias. Refletimos sobre a atual conjuntura em que se insere o/a migrante na condição de temporário/a, de futura mão-de-obra qualificada, como é o caso do/a estudante migrante. Por meio de revisão bibliográfica sobre a temática, coleta de dados em órgãos oficiais, nas universidades de destino sobre migrantes estudantes africanos/as e entrevistas com os/as mesmos/as, discutimos a representação social dos/as migrantes africanos/as na terra de destino, e as consequências do racismo, tratados/as estrangeiros/as não-desejados/as ou não-aceitos/as ou africanos/as num sentido generalizado, preconceituoso e discriminatório