Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Guimarães, Camila |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60134/tde-01062009-142902/
|
Resumo: |
Utilizou-se um modelo de escolha discreta (MED) para avaliar as preferências e disposição-a-pagar (DAP) dos pacientes por diferentes atributos de risco-benefício do tratamento insulínico, entre eles a via de administração da insulina. Através de uma revisão da literatura, consulta com especialistas, e do desenvolvimento de um estudo qualitativo utilizando as técnicas de entrevistas individuais e grupos focais, os atributos (e níveis) mais importantes do tratamento insulínico foram identificados, sob o ponto de vista dos pacientes. Os atributos incluídos no MED foram: controle da glicemia de jejum, número de episódios de hipoglicemia, ganho de peso, via de administração para as insulinas de ação longa e rápida, e custo do tratamento. Pares de opções de tratamentos insulínicos hipotéticos contendo diferentes níveis dos atributos foram apresentados aos pacientes com DM1 ou DM2, e lhes foi solicitado que, para cada cenário, eles escolhessem a alternativa de sua preferência. Dados demográficos, nível sócio-econômico (NSE) e informações relacionadas ao diabetes também foram coletados. Para a análise dos dados utilizou-se um modelo logit condicional de regressão e modelos segmentados foram posteriormente utilizados para a análise das sub-populações. Um total de 274 questionários foram incluídos na análise final dos dados. A idade média (± DP) dos participantes foi de 56.7 ± 12.98 anos, e 53% eram homens. Quarenta e nove por cento dos participantes eram usuários de insulina e 47 eram portadores de DM1. O tratamento insulínico ideal, sob o ponto de vista dos pacientes, resultaria em um melhor controle glicêmico, menos reações adversas, menor custo, e seria administrado por via oral. Houve uma forte preferência e uma DAP mais elevada por um melhor controle glicêmico, seguido pelos atributos de risco ganho de peso e episódios de hipoglicemia. Surpreendentemente, a via de administração da insulina foi o atributo menos valorizado. A estratificação social revelou que pacientes com alta renda anual familiar apresentaram uma DAP mais elevada por um melhor controle glicêmico e por menos reações adversas em relação aos grupos com rendas inferiores. Ainda, quanto mais alto o nível de renda, maior o desejo por uma insulina oral, enquanto a via inalada torna-se menos importante para os pacientes. A estratificação da amostra pelo uso de insulina e tipo de diabetes revelaram uma forte aversão pela via subcutânea pelos não-usuários de insulina e pacientes com DM2. Tais resultados sugerem a existência de uma importante barreira psicológica em se iniciar uso da insulina; no entanto, os resultados também revelam que os pacientes tendem a se acomodar com a via subcutânea uma vez iniciado o tratamento insulínico. Este estudo demonstra a importância que os pacientes com DM atribuem ao atributo controle glicêmico, e como suas preferências e DAP pelo tratamento insulínico variam entre as sub-populações. Especificamente, esforços devem ser realizados no sentido de vencer a barreira psicológica em se iniciar o uso da insulina, o que contribuirá para que se alcance um melhor controle glicêmico, através da melhor aderência do paciente ao tratamento, resultando em uma redução dos custos do DM e melhora na qualidade de vida dos pacientes. |