Eficiência da adubação nitrogenada no sistema solo-soja em ambiente tropical e subtropical

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Pierozan Junior, Clovis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
NUE
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-28042016-143318/
Resumo: A produtividade de soja no mundo aumenta há décadas, em razão do avanço genético e das técnicas de cultivo e, em especial, pelo avanço da ciência na melhoria da fixação biológica de nitrogênio (FBN), nutriente exigido em grande quantidade pela soja. Existe a hipótese que a quantidade de nitrogênio (N) fornecida pela FBN e pelo solo não sejam suficientes para dar continuidade ao aumento da produtividade média hoje atingida (3 Mg ha-1), ou seja, o N seria o fator limitante para a soja. Essa hipótese é reforçada quando consideramos que o cultivo de soja é realizado em solos com baixo fornecimento de N, e em condições subótimas para a FBN. Neste contexto, seria necessário a adubação nitrogenada para complementar a demanda da cultura pelo nutriente. Dessa forma, caberia o uso da adubação nitrogenada para complementar a demanda da soja pelo N? A demanda de N pela soja, pode até ser complementada via fertilização. Entretanto, a mesma só faz sentido se não houver prejuízo à FBN, processo que sempre deve ser priorizado. Esta pesquisa teve como objetivo verificar a produtividade da soja e, compreender a resposta da planta à fertilização nitrogenada, no que diz respeito ao aproveitamento do N do fertilizante e sua influência na FBN. Para tanto, foram realizados dois anos de experimentos em ambiente tropical (Cerrado, Estado do Mato Grosso) e subtropical (sul do Estado de São Paulo). As fontes de variação experimentais foram doses (0, 20, 40, 80 e 120 kg ha-1) de N, e épocas de aplicação do fertilizante (VE, e R3) utilizando ureia aplicada com incorporação ao solo. Outro experimento foi realizado com a aplicação de ureia em baixas doses (650, 1300 e 1950 g ha-1 de N) em R1 ou R3 em Ambiente subtropical. Em ambos experimentos, foi utilizado o N marcado com o isótopo 15N. Não houve resposta produtiva da soja às doses de N aplicadas. Entre as épocas de aplicação, foi verificado que em uma das safras no Cerrado, houve maior produtividade (400 kg ha-1) com o fornecimento de N em R3. Porém essa resposta é obtida em determinadas condições ambientais, ou seja, o fornecimento de N não é garantia de aumento de produção, e a resposta é incerta. Houve redução da FBN, em porcentagem (% de N na planta derivado da atmosfera), da ordem de 15% entre a soja sem N e a soja com 120 kg N ha-1. A extração de N total foi 8% maior com a adubação em R3. O aumento do N (20 kg ha-1) da parte aérea com a aplicação em R3 no Cerrado, acompanhou o aumento de produtividade, mas esse aumento não foi provocado pelo N derivado do fertilizante (Ndff). A eficiência de uso do N (NUE) apresentou valores próximos a 50%, e, foi semelhante entre as duas épocas de aplicação de N em ambos os ambientes. No outro experimento, o fornecimento de N foliar não aumentou a produtividade, embora a NUE seja alta, com média de 64%.