Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Salvitti, Adriana |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-08122009-152220/
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Resumo: |
Imerso na tradição de pensamento de Melanie Klein, o psicanalista Wilfred Bion inicia a construção de um pensamento clínico e teórico original sobre a psicose e sobre o funcionamento mental primitivo na década de 1950, por meio de recorrentes menções à obra de Freud. Citações e referências ao autor são feitas por Bion em diferentes textos com diferentes propósitos. Em acréscimo, a tradição de pensamento de Freud está incorporada nas observações clínicas e nos desenvolvimentos conceituais de Bion, de modo que pode ser reconhecida pelo leitor não apenas por meio das remissões explícitas a Freud. Acompanhamos a construção do pensamento de Bion nos anos 50, período que precede à formulação de sua Teoria do Pensar, apresentada nos anos 60, e no momento em que ele estava em vias de realizar a sua decolagem pessoal na psicanálise, conforme expressão de Bléandonu (1993). A partir desse acompanhamento, procuramos ressaltar o que nomeamos de presenças de Freud, e trazer a um primeiro plano de análise os conceitos, noções e ideias deste autor que estão entranhados em seus textos de maneira mais ou menos evidente. Por meio de citações, mas também de alusões, ecos, remissões, associações e aproximações a Freud, que estão apenas sugeridas ou que se dão de maneira silenciosa, apresentamos o trabalho clínico e teórico de Bion, tendo em vista os seus objetivos, as dificuldades que parece ter encontrado e a forma com que, na época, procurou enfrentá-las. Também contextualizamos histórica e teoricamente as concepções dos autores em relação à psicose e às origens do psiquismo de um modo mais sistemático. O estudo das ligações intertextuais entre os autores evidencia a importância e os limites do pensamento de Freud para Bion; mostra que este autor dialoga pontualmente com diferentes trabalhos de Freud e não com a totalidade de suas concepções; indica que Bion está mais interessado em formular e em descrever suas experiências clínicas do que em promover debates conceituais e terminológicos com a teoria freudiana. Nesse sentido, Freud é uma fonte para o pensamento clínico, mais do que fonte para a discussão conceitual. |