\'O tempo é o senhor da razão\'? a política externa do governo Collor, vinte anos depois

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Casarões, Guilherme Stolle Paixão e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-13052015-113251/
Resumo: Esta tese tem como objetivo analisar a política externa do governo Collor (1990-1992) a partir do marco conceitual da autonomia pela modernização. Trabalha-se com a hipótese de que, na qualidade de potência média recém-industrializada, as forças estruturais ou sistêmicas direcionam mais a política externa brasileira do que as demandas domésticas. Em termos mais específicos: um país como o Brasil do início da década de 1990, no qual prevaleciam profundas vulnerabilidades sociais e econômicas, foi obrigado a adotar uma inserção internacional reativa, que se desenhava muito ao sabor dos interesses dos países com quem se tinham laços de dependência (como os países industrializados) e, sobretudo, dos Estados Unidos da América. Isso não significou, no entanto, que a política externa tenha adotado o tão propugnado alinhamento automático. Nos dois anos e meio de governo, houve tentativas de resistência às pressões sistêmicas, muitas das quais malfadadas forçando-nos a concessões controversas e muitas outras positivas reforçando a autonomia brasileira. Essa é a segunda hipótese que essa tese oferece: a política externa do governo Collor possuiu quatro momentos distintos, cada qual com uma característica e uma ênfase, mas todos guiados por um princípio diplomático caro ao Brasil, o da busca pela autonomia, e uma estratégia comum, a modernização.