Saúde e nutrição de crianças indígenas Terena, Mato Grosso do Sul, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Ribas, Dulce Lopes Barboza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-27032020-120205/
Resumo: Objetivo. Ampliar as possibilidades de observação e construção de indicadores sociais e biológicos de grupos indígenas é uma necessidade urgente. Neste sentido, realizou-se estudo com objetivo de avaliar as condições de saúde e nutrição de crianças indígenas, com a descrição das condições socioeconômicas, demográficas e ambientais. Métodos. A amostra do estudo constituiu-se de 354 crianças de zero a cinqüenta e nove meses de idade. Foram obtidas medidas de peso, estatura e circunferência braquial, para avaliação nutricional. O método recordatório de 24 h foi utilizado para a avaliação do consumo alimentar. Resultados. As condições socioeconômicas e ambientais eram precárias, com diferenças significativas na distribuição, segundo a localização dos domicílios. Os dados indicaram precariedade dos serviços de assistência à saúde matemo-infantil. As famílias que receberam os benefícios são principalmente aquelas que possuem maior facilidade de acesso e não às submetidas a maiores riscos. A diarréia e as infecções respiratórias foram as principais causas das internações hospitalares. A amamentação é prolongada, com elevada freqüência e forte componente cultural agindo favoravelmente. O consumo alimentar foi caracterizado pela monotonia da dieta, com aporte insuficiente de energia e nutrientes. Os déficits nutricionais verificados são baixos quando comparados com prevalências de comunidades indígenas da região amazônica, mas superiores às prevalências de déficits de estatura/idade da população brasileira como um todo. Conclusões. Os resultados indicam déficits nutricionais nas crianças indígenas, como reflexo direto da pobreza a que estão submetidas, incluindo condições ambientais e socioeconômicas desfavoráveis e deficiência alimentar continuada.