Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Pinese, Carmen Silvia Vilela |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-03092008-104736/
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Resumo: |
Introdução: As mulheres que vivem em confinamento num sistema penitenciário necessitam de condições para que cumpram suas penas com dignidade. No contexto da reclusão, os transtornos mentais são freqüentes, especialmente a depressão, com fatores de risco associados à história familiar, adversidade na infância, aspectos da personalidade, isolamento social e exposição a experiências estressantes. Objetivos: O objetivo deste trabalho foi identificar o perfil da população de mulheres detentas, suas características sóciodemográficas, clínicas, condição penal e os sinais indicativos de depressão correlacionando estes indicadores. Metodologia: Da capacidade de detenção da Penitenciária de Ribeirão Preto/ SP (310), foram entrevistadas 100 mulheres. Utilizou-se um questionário com informações sociodemográficas, clínicas, situação penal e o Inventário de Beck. Para a apreciação conjunta das possíveis influências das variáveis independentes com relação à depressão optou-se por uma regressão logística multinomial, com a variável desfecho tendo categorias 0,1, 2 e 3. As variáveis independentes foram transformadas em dicotômicas e o elemento de comparação foi a Razão de Risco Relativa. Resultados: Das 100 mulheres entrevistadas no sistema prisional, maioria branca (65%), idade entre 20 e 63 anos (52% até 30 anos), 70% solteiras, 45% vive com companheiro, 41% com nível fundamental completo (20 com médio completo ou mais), 45% com renda per capta maior que dois salários mínimos, 82 apresentaram sinais indicativos de depressão (leve = 33; moderada = 29; grave = 20). A presença de comorbidades multiplica o risco de ter depressão leve por um fator de 5,43 e grave por 8,81. Não praticar alguma religião multiplica o risco de ter depressão moderada por 6,09. Distúrbios na alimentação e depressão moderada e grave estão fortemente associados apresentando o risco para a depressão moderada multiplicado por 5,7 e grave por 11,1. Ter mais idade é fator de proteção para a depressão grave, pois quem tem mais de 30 anos tem o risco de estar nesta categoria multiplicado pelo fator 0,12. Na forma grave também evidenciou-se forte associação entre não receber visitas e ter depressão grave com o risco multiplicado pelo fator 9,15. Conclusões: O índice de depressão entre as detentas é muito alto e acima da média encontrada nos estudos da literatura. Relacionando a depressão com as demais variáveis, alguns indicadores se destacam como mulheres jovens estão mais susceptíveis para desenvolverem a depressão, apresentarem alterações alimentares bem como comorbidades e a rede de relações agravando os sinais de depressão. Estas foram as maiores razões de risco relativas que se observou no estudo, evidenciando a forte associação entre estas variáveis. As diferentes variáveis deste estudo abordadas por pesquisadores desta área são compatíveis com os resultados encontrados. É alto o índice de depressão entre as detentas, fato que merece atenção especial da enfermagem no aspecto do cuidado e atenção do serviço para as políticas orientadas para esta demanda. |