Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1987 |
Autor(a) principal: |
Cincotto, Maria Alba |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3137/tde-06022024-140019/
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Resumo: |
O presente estudo foi precedido de um levantamento bibliográfico sobre as matérias-primas de produção de cal virgem, os calcários e os dolomitos, principalmente no que diz respeito à sua constituição mineralógica, formação geológica e reservas nacionais; sobre os fornos de calcinação instalados no Brasil, sua capacidade de produção; sobre a teoria da calcinação e as características do produto calcinado, tais como, textura, crescimento cristalino, porosidade, área específica, massa específica aparente, retração, reatividade. Com base nos dados da literatura, programou-se o estudo da influência da matéria-prima e dos tipos de fornos de calcinação nas características da cal virgem, usando para este propósito 60 amostras coletadas nos Estados de São Paulo e de Minas Gerais, regiões típicas de dolomitos e calcários, respectivamente, onde foram produzidas em fornos verticais de alvenaria, contínuo e descontínuo, de cuba simples, rotativo e de fluxo paralelo. Em duas experiências, algumas características dessas cales foram analisadas estatisticamente, segundo teste F, com três repetições. Em uma primeira experiência (a), foram analisadas 30 amostras, agrupadas em três tipos de cal, cálcica, magnesiana e dolomítica, coletadas de três fornos, de alvenaria contínuos e descontínuos, e de cuba simples. Revelou-se que: o tipo de forno é fonte de variância não significante para a área específica, mas muito significante para a reatividade; a matéria-prima é fonte de variância muito significante para a área específica e a reatividade; entre repetições a variância dessas propriedades é não significante; não se observou efeito de interação dos parâmetros, forno e matéria-prima. Em uma segunda experiência (b), foram analisadas 30 amostras de cal cálcica, coletadas de dois tipos de forno, de fluxo paralelo e rotativo. Ficouevidente que: o tipo de forno é fonte de variação não significante para a área específica, massa específica aparente e reatividade; entre repetições, a variância é muito significante para a reatividade determinada segundo método Wührer, mas não significante segundo método ASTM C 110-76ª. Os resultados das 60 amostras, reunidas em dois conjuntos, que englobam 42 cales cálcicas e 18 dolomíticas, analisadas segundo o teste t de Student, permitiram concluir que: a massa específica aparente e a porosidade não diferenciam as cales entre si; o raio dos poros das cales cálcicas é superior ao dos poros das cales dolomíticas, correspondendo a áreas específicas inferiores a 2 m2/g nas dolomíticas; as cales c´lacicas são mais reativas do que as dolomíticas; segundo o ensaio ASTM C 110-76ª, durante a reação de extinção da cal, há uma elevação média de tem,peratura, de 45°C para as cálcicas, contra 32 °C nas dolomíticas; segundo o ensaio Wührer na neutralização da alcalinidade liberada na extinção, durante 10 minutos de reação, as cales cálcicas consomem 303 mL de ácido clorídrico, contra 248 mL para as dolomíticas. Segundo os valores médios de reatividade, calculados para cada forno, é possível estabelecer a seguinte ordem decrescente: alvenaria contínuo, descontínuo e de cuba simples. Os fornos rotativo e regenerativo de fluxo paralelo produzem cales, em média, com a mesma reatividade. |