Pesquisa de infecções por Flavivírus da encefalite de Saint Louis, Rocio e Oeste do Nilo em cavalos, por inquérito sorológico e isolamento viral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Silva, Jaqueline Raymondi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17147/tde-23062010-150025/
Resumo: Arboviroses são grave problema de saúde pública no Brasil e destas destacam-se aquelas causadas por Flavivírus, dos quais onze já foram descritos no Brasil. Destes, dois importantes em saúde pública, e que pertencem ao sorocomplexo da Encefalite Japonesa, são o vírus da encefalite de Saint Louis (SLEV) e o Rocio (ROCV). O vírus Oeste do Nilo (WNV), introduzido no continente americano em 1999, ainda não foi detectado no Brasil, contudo sua introdução é muito provável. Neste estudo, avaliou-se a circulação de SLEV, ROCV e WNV em cavalos, por tentativas de isolamento viral e inquérito soro-epidemiológico. As tentativas de isolamento viral, em 11 tecidos cerebrais de cavalos do estado da Paraíba, resultaram negativas. O inquérito sorológico, por IgG-ELISA tendo como antígeno peptídeos recombinantes do domínio III da proteína de envelope de SLEV, WNV e ROCV, foi utilizado em 753 soros de animais dos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraíba. Soros de 271 cavalos foram positivos para SLEV (35,98%), 254 para WNV (33,73%) e 144 para ROCV (19,12%). Portanto, o ELISA mostrou-se adequado, diagnosticando infecções prévias por estes Flavivírus. Também, observou-se intensa circulação destes vírus infectando cavalos nos locais de estudo. Ainda, obteve-se, pela primeira vez, evidencia de que WNV foi introduzido no Brasil e encontra-se a infectar cavalos nos estados pesquisados exceto Minas Gerais. Finalmente, o inquérito sorológico em cavalos mostrou-se uma abordagem adequada à vigilância das flaviviroses por SLEV, ROCV e WNV no Brasil.